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Advogado que atropelou 4 pessoas no AC tem prisão mantida durante audiência de custódia

Justiça optou pela prisão preventiva de Antônio Djan Melo, preso em flagrante nessa sexta-feira (7) após atropelar quatro pessoas na Avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco. Na delegacia, advogado negou que tinha bebido e alegou que tomou remédio para depressão. Homem já foi preso em março de 2020 por dirigir com sinais de embriaguez e se envolver em acidente.

08/01/2022 às 16h10
Por: Informativo Plácido Fonte: G1/Ac
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Advogado foi preso em flagrante nessa sexta-feira (7) após atropelar quatro pessoas em Rio Branco — Foto: Reprodução
Advogado foi preso em flagrante nessa sexta-feira (7) após atropelar quatro pessoas em Rio Branco — Foto: Reprodução

O advogado Antônio Djan Damasceno Melo, preso em flagrante com sinais de embriaguez na tarde dessa sexta-feira (7) após atropelar quatro pessoas na Avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco, passou por audiência de custódia neste sábado (8). A Justiça optou pela prisão preventiva do advogado na audiência.

O local onde ele deve ficar detido ainda será anunciado pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). Esse local deve ser escolhido ainda neste sábado.

Ele foi levado para a Delegacia de Flagrantes (Defla) pela Polícia Militar após o acidente. O motorista se recusou a fazer o teste de bafômetro, mas a PM-AC afirmou que ele estava cambaleante, alterado, com falas desconexas e com cheiro de álcool.

Na delegacia, o advogado foi ouvido pelo delegado Adriano Araújo e negou que tenha ingerido bebidas alcoólicas. Ele disse que, na verdade, tomou em excesso medicamento para depressão e que teria apagado na hora do acidente e não lembra o que aconteceu.

O advogado já foi preso em março de 2020 após se envolver em um acidente com um motociclista. Na época, ele também estava com sinais de embriaguez e não quis fazer o teste de bafômetro.

"Ele estava com os olhos avermelhados, não falava coisas coerentes. PM disse que ofereceu o teste e ele recusou, mas ele disse que, primeiramente, não fez porque não havia necessidade, não tinha bebido. Depois falou que não ofereceram. Foi meio incoerente. Os policiais militares falaram que estava em visível estado de embriaguez alcoólica, mas como não quis soprar o bafômetro, fizeram o alto de infração de trânsito constando o sinal de embriaguez e ainda constaram por inscrito que ele tinha confessado [no local do acidente] ter feito ingestão de cerveja 30 minutos antes do acidente", relatou o delegado.

O carro do advogado invadiu a contramão e atingiu três motocicletas na Avenida Getúlio Vargas. Uma das motos carregava duas pessoas, sendo que o garupa teve apenas danos materiais e não precisou de atendimento médico. Já outras duas pessoas, um homem e uma mulher, ficaram com ferimentos expostos e foram levadas para o pronto socorro por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em estado grave.

Uma segunda mulher atingida ficou com ferimentos leves e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento da Sobral (UPA). A direção do PS informou que as duas vítimas encaminhadas para unidade tiveram fraturas de membros inferiores, passaram por cirurgia, estão bem e já na enfermaria.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Acre (OAB-AC), disse que está ciente dos fatos e a Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas acompanha do caso para garantir os direitos do advogado preso. A OAB-AC destacou também que aguarda maiores informações sobre o caso e deve posicionar oficialmente após a audiência de custódia.

Ao g1, o advogado Gleyh Holanda, responsável pela defesa do motorista, afirmou que o argumento que a defesa apresentou à Justiça é de que Antônio Djan misturou medicamentos com energético. "Faz uso de medicamento controlados e outros não, mas isso afetou e deu um 'apagão'. Misturou com energético e chegou a ter esse problema", argumentou.

Medicamento para depressão

Ainda em depoimento para a Polícia Civil, o motorista afirmou que tomou em excesso remédio para depressão de maneira proposital porque nessa sexta-feira completava mais um ano da morte da mãe.

Melo estava saindo de casa na hora do acidente. "Ele disse que tinha bebido de maneira excessiva para apagar mesmo, só que não sabia que ia apagar", confirmou o delegado.

Adriano Araújo explicou que aguarda ouvir as vítimas e testemunhas do acidente, juntar o resultado da perícia e exames da polícia para concluir o inquérito.

"Vou tentar localizar as vítimas, nenhuma se apresentou ainda na delegacia. Uma delas teve fratura exposta no fêmur, quebrou a bacia e teve uma fratura na perna esquerda. O homem teve fratura exposta no braço", concluiu.

Vítimas foram atingidas por carro que invadiu contramão na Avenida Getúlio Vargas — Foto: Reprodução

Acidente

Vídeos gravados no local, que viralizaram nas redes sociais, mostraram os condutores das motocicletas deitados na calçada e recebendo ajuda de populares. Um homem aparece com ferimentos expostos em um dos braços.

Outras imagens já mostram o carro parado com a frente batida na mureta. Um dos vídeos aparece o advogado dentro do veículo e um policial militar ao lado dele.

Imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento gravaram o momento em que o advogado invade a contramão e atinge os motociclistas. Uma das vítima atingidas é arremessada muito alto na hora do impacto e cai na calçada.

Pela rua ficaram espalhados peças e pedaços das motos atingidas. O trânsito ficou parado no trecho da Avenida Getúlio Vargas para atendimento às vítimas.

Preso por estelionato

Em 2016, o advogado Antônio Djan Damasceno Melo, na época com 38 anos, foi preso pela Polícia Civil suspeito de abusar da confiança de pessoas que procuravam seus serviços. Damasceno foi preso no dia 12 de agosto daquele ano quando chegava em um supermercado de Rio Branco.

O delegado responsável pelo caso, Fabrizzio Sobreira, disse, na época, que o mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal e que o processo contra o jurista foi iniciado pelas polícias Civil e Federal. "Ele vinha utilizando da sua função para lubridiar as pessoas que o contratavam. Ele não repassava os valores e dizia que entrava com as ações sem fazê-lo", disse.

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