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Após operação que achou arsenal na fronteira, Segurança anuncia reforço da Força Nacional para o Acre

Secretário diz que a partir do dia 19, 56 homens da Força Nacional devem reforçar segurança na fronteira. Armas apreendidas era de uso restrito.

09/12/2022 às 06h13
Por: Informativo Plácido Fonte: G1/Ac
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Armas achadas enterradas em casa de Epitaciolândia seriam usadas para ataques na fronteira — Foto: Murilo Lima/Rede Amazônica Acre
Armas achadas enterradas em casa de Epitaciolândia seriam usadas para ataques na fronteira — Foto: Murilo Lima/Rede Amazônica Acre

Durante a Operação Horus, na quarta-feira (7), as forças de Segurança do Acre apreenderam um grande arsenal na cidade de Epitaciolândia, no interior do Acre. De acordo com a polícia, as armas seriam usados para ataques orquestrados pela facções criminosa na área de fronteira. Ao todo, seis pessoas foram presas em flagrante com as armas.

Na casa, foram encontradas enterradas duas metralhadoras, um fuzil, um revólver, quatro carregadores de metralhadora, um carregador para pistola e dois carregadores para fuzil. A operação ocorreu após o aumento da violência na região, que havia registrado roubos, mortes e outros crimes.

As forças de Segurança informaram os grupos criminosos estão em guerra pela dominação de territórios e que essas armas seriam usadas para esses tipos de crime.

Reforço

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cezar, informou durante coletiva nesta quinta-feira (8) que o estado deve receber 56 policiais para reforçar a segurança na fronteira.

“Nós sabemos que esse aporte logístico de armas tem como origem outro estado, que é Mato Grosso. A Secretaria de Estado do Mato Grosso também vem colaborando no sentido de nós desarticulamos essas organizações que atuam naquela região, e, a partir do dia 19, contaremos com efetivo da Força Nacional de segurança naquela região. No total, são 56 homens, entre policiais militares e policiais civis, o que permitirá que otimizemos ainda mais essas ações de enfrentamento às organizações criminosas que se fazem presente em todo território brasileiro e que tem como principal objetivo o domínio das rotas de tráfico de entorpecentes da América do Sul”, destacou.

Ele ressaltou ainda que ações pontuais na tríplice fronteira estão sendo feitas desde abril e que ainda não é possível definir como essas armas chegaram até o estado. Porém, enfatizou que o monitoramento é frequente.

“Desde abril deste ano, o sistema integrado de segurança mantém uma força-tarefa no Alto Acre, em especial nos municípios de Epitaciolândia e Brasileia, onde já foram realizadas diversas operações. Essa operação tem um marco de colaboração do serviço de inteligência da polícia nacional boliviana e é fruto do enfrentamento das organizações criminosas.”

Ataques estavam sendo armados

O delegado de Brasileia, Ricardo Castro, disse que a operação evitou que novos ataques fossem registrados na região do Alto Acre. Desde o final de novembro, a guerra entre facções resultou em diversas mortes violentas não só no interior do estado, como também na capital.

“Essas armas estavam emperradas e seriam usadas para fazer ataques futuros na cidade de Brasileia, na intenção de tomar o bairro Samaúma. Esses agentes assumiram que fazem parte de um grupo criminoso, deram detalhes de como funcionava e informaram seus respectivos números de matrícula, as funções que desempenham na facção e informaram também quem pertenciam essas armas, que disseram que vieram de Mato Grosso do Sul e foram para Epitaciolândia, onde estavam escondidas.”

As armas, segundo a polícia, saíram de Mato Grosso para a cidade de Epitaciolândia, onde ficaram escondidas. Castro disse ainda que os ataques só não ocorreram porque a munição não havia chegado

“Os ataques só não chegaram a ser realizados pela intervenção de força de Segurança Pública. Disseram que a munição só tinha chegado posteriormente e, por isso, os ataques não foram realizados. Todos estavam em situação de flagrante, foi feito o procedimento de porte ilegal de arma de fogo, de uso proibido ou restrito e também flagrante por organização criminosa”, explicou.

Armas de grosso calibre

O coordenador do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Evandro Bezerra, disse que todas as armas apreendidas na operação eram de uso restrito da polícia.

“Tivemos a participação de várias equipes de todas as forças policiais que se envolveram na ocorrência e que teve esse êxito significativo, com esse prejuízo de valores estimados e R$ 500 mil em armamentos e, o que é principal, tirando essas armas de circulação evitamos potenciais óbitos naquela região no Alto Acre. São indivíduos notadamente envolvidos com organização criminosa e eles já estavam em uma guerra por território, inclusive com alguns óbitos que ocorreram anteriormente. Foram mais de 10 armas e, principalmente, armas de grosso calibre, calibre 556, que é um calibre de uso bem restrito usado pelas forças de segurança e armadas e para verificarmos o potencial desses criminoso e até chama atenção”, disse.

O coordenador do Gefron também destacou a parceria com a polícia boliviana no sentido de trocar informações e conseguir fazer ações pontuais para evitar mais crimes na fronteira. As investigações e ações da força-tarefa continuam na região.

 

 

 

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