O balanço do "massacre de Shakahola", nome da floresta do Quênia onde uma seita que praticava jejum extremo se reunia, subiu, nesta segunda-feira (17), para 403 mortos após a descoberta de 12 novos corpos, anunciou uma autoridade regional.
"Nossa equipe médico-legal pôde exumar 12 corpos hoje", segunda-feira, declarou à imprensa a prefeita da região da costa, Rhoda Onyancha, que acrescentou em uma mensagem à AFP que o "balanço total" é "de 403 mortos".
Na semana passada as autoridaes locais iniciaram a quarta fase de exumações e abertura das valas comuns e sepulturas.
Em depoimento ao Senado do país, o ministro do Interior queniano, Kithure Kindiki, culpou as forças de segurança e a Justiça do Quênia por negligência, por não terem tomado as medidas adequadas em resposta às queixas anteriores contra o suposto líder da seita, o pastor Paul Mackenzie.
“Acho que alguns funcionários do Corpo de Polícia Nacional e até do Judiciário têm explicações a dar”, disse o ministro, lembrando que “houve pouca atenção do Ministério Público nos graves crimes pelos quais Mackenzie foi acusado e condenado".