A cápsula Dragon, da agência espacial americana, Nasa, feita em parceria com a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, decolou, neste sábado (26), com quatro astronautas a bordo: o dinamarquês da agência espacial europeia Andreas Mogensen, o japonês Satoshi Furukawa, a americana Jasmin Moghbeli e o russo Konstantin Borisov — os dois últimos em sua primeira incursão no espaço.
Esta é Crew-7, a sétima missão regular de rotação de tripulantes da Estação Espacial Internacional, onde os astronautas vão passar seis meses.
Apesar do aumento das tensões diplomáticas entre Washington e Moscou, desde o início da guerra da Ucrânia, a colaboração entre as agências espaciais da Rússia e dos Estados Unidos continua na Estação Espacial Internacional, uma das poucas áreas de cooperação que ainda estão em curso entre as duas nações.
A cápsula Dragon, impulsionada por um foguete Falcon 9 da empresa do bilionário Elon Musk, partiu às 3h27 no horário do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (4h27 em Brasília). Ao menos 10 mil pessoas acompanharam o lançamento de perto. "Decolamos!", disse a Nasa na rede social X (antes Twitter) após a saída, que deveria ter ocorrido na última quinta-feira, mas foi adiada a fim de garantir "mais tempo às equipes para completar e discutir análises na nave", de acordo com a SpaceX.
A cápsula deverá levar um dia até a Estação Espacial Internacional, um laboratório volante onde os astronautas vão fazer vários experimentos científicos a fim de conferir se alguns micro-organismos podem sobreviver e se reproduzir no espaço. A Estação Espacial é habitada permanentemente faz mais de 20 anos.
"Temos a bordo quatro tripulantes de quatro nações diferentes [...], mas somos uma equipe unida com uma missão comum", dise Moghbeli, de 40 anos, pouco depois do lançamento. Numa coletiva no mês passado, ela tinha dito que era algo que queria fazer "desde que [tem] o uso da razão".
"O que mais almejo é observar nosso planeta lá de cima", adicionou a graduada do MIT nascida no Irã. A Crew-7 é a sétima missão regular até a Estação Espacial feita pela SpaceX, por meio de acordo com a Nasa, sem contar uma missão de teste da qual participaram dois astronautas.
A Nasa paga à SpaceX pelo serviço, num marco para o programa de tripulação comercial que colocou em marcha para diminuir a dependência dos foguetes russos. A Nasa também selou um acordo com a Boeing para desenvolver um segundo meio de transporte americano até a Estação Espacial. mas o programa da Boeing sofreu inúmeros atrasos e seu primeiro voo de teste está programado para depois de março de 2024.