Antes da ciência, diversas culturas tentaram entender o que acontece durante o sono e, por vezes, essas explicações resultaram em práticas curiosas.
Conheça alguns hábitos excêntricos sobre o sono ao redor do mundo e ao longo da história!
As percepções sobre os sonhos no Egito Antigo se alteraram com o passar dos milênios. Escritos, datando de 2600 a.C. a 664 a.C., por exemplo, mostram como os egípcios não acreditavam que as pessoas sonhavam.
Em vez disso, eles acreditavam que as atividades dentro do sonho eram reais e ocorriam no limiar entre o mundo real e o pós-vida. Esses acontecimentos ou visões eram chamados de “despertar”, e acreditava-se que eles faziam a comunicação entre as pessoas, os deuses e os mortos.
O início do cristianismo viu todo o tipo de crença anterior se mesclar às tradições judaico-cristãs.
Muito dessa mistura de crenças persistiu durante a Idade Média. Até o século XII, uma delas, por exemplo, era sobre os demônios noturnos chamados de Incubus. Segundo as lendas, eles poderiam assumir forma humana e engravidar mulheres durante o sono.
Na Grécia Antiga havia uma divisão sobre o significado dos sonhos. Alguns eram descartados como uma bobeira sem sentido, já outros eram sonhos verdadeiros e poderiam até ajudar na cura de doenças.
Esses sonhos restauradores seriam enviados por divindades e poderiam dar pistas sobre o passado e o futuro, podendo ajudar até no diagnóstico de doenças. Acreditava-se também que a visita de um deus poderia trazer a cura. Isso fazia com que muitos doentes se “internassem” nos templos das divindades.
Na Guatemala, a tradição das Muñecas Quitapenas (bonecas dos problemas, em português) foi supostamente iniciada com os Maias e ainda persiste. Estas bonecas de panos são dadas às crianças para elas dormirem melhor.
Mas, mais do que um modo de distração para crianças, acredita-se que elas podem ajudar a resolver os problemas e medos confidenciados, seja nos sonhos ou quando acordar.
Se você já teve paralisia do sono, sabe o quão desesperadora é a sensação de estar acordado, mas incapaz de se mover. E a explicação germânica e eslava para esse fenômeno só ajuda a piorar a situação.
Segundo estas tradições, a paralisia seria causada pelo Night Hag, ou Old Hag, um tipo de demônio que senta no peito das pessoas durante o sono, as impedindo de se movimentar e alimentando os pesadelos. A tradição turca tem uma explicação similar para o fenômeno na figura do Alb ou Kasaban.
Os Luos, um grupo étnico que habita regiões do Quênia e da Tanzânia, têm um hábito de sono curioso e assustador. Quando uma mulher fica viúva, ela deve dormir ao lado do corpo do marido naquela noite para recebê-lo nos sonhos, assim ela é purificada e fica livre para se casar novamente.