Ciência Universo
Telescópio Webb capta imagens impactantes da nebulosa ‘Cabeça de cavalo’
As imagens mostram a parte superior da “crina do cavalo”, revelando pela primeira vez as estruturas em pequena escala na borda da gigantesca nuvem FacebookWhatsAppLinkedInTwitterXTelegramCompartilhar
30/04/2024 09h31
Por: Informativo Plácido Fonte: Jornal de Brasília
Esta imagem obtida em 29 de abril de 2024, cortesia da NASA/ESA/CSA, mostra a Nebulosa Cabeça de Cavalo, fotografada pelo instrumento NIRCam no Telescópio Webb da NASA, apresentando uma porção da crina do cavalo com cerca de 0,8 anos-luz de largura.

O telescópio espacial James Webb da Nasa capturou as imagens infravermelhas mais detalhadas até agora da nebulosa “Cabeça de Cavalo”, um dos objetos mais majestosos e reconhecíveis do céu noturno, informou a agência espacial dos Estados Unidos na segunda-feira (29).

As imagens mostram a parte superior da “crina do cavalo”, revelando pela primeira vez as estruturas em pequena escala na borda da gigantesca nuvem de gás e poeira.

Localizada a cerca de 1.300 anos-luz na constelação de Orion, a icônica silhueta da cabeça de um cavalo surge do que parecem ser ondas agitadas de espuma interestelar.

O Webb, o observatório espacial mais poderoso já construído, é capaz de detectar luz infravermelha em resoluções sem precedentes, revelando objetos que não podem ser vistos em telescópios ópticos.

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“Uma equipe internacional de astrônomos revelou pela primeira vez as estruturas em pequena escala na extremidade iluminada da Cabeça de Cavalo”, informou a Nasa em um comunicado.

À medida que a luz ultravioleta evapora a nuvem de poeira estelar, partículas são arremessadas para longe pelo fluxo de gás quente, um processo que agora o telescópio Webb mostrou em ação.

As observações também forneceram aos astrônomos novos dados sobre como a poeira bloqueia ou emite luz, e uma melhor ideia da forma multidimensional dessa nebulosa.O trabalho é resultado de estudos liderados por Karl Misselt da Universidade do Arizona, e foram publicados na segunda-feira na revista Astronomy & Astrophysics.

A nebulosa “Cabeça de Cavalo” tem fascinado os amantes do espaço desde sua descoberta em 1888 pela astrônoma escocesa Williamina Fleming.

Embora pareça escura à luz óptica, a nebulosa ganha vida quando observada através de comprimentos de onda infravermelhos.Os especialistas estimam que a nebulosa “Cabeça de Cavalo” desaparecerá em cinco milhões de anos.

© Agence France-Presse