O círculo íntimo de Hitler era composto por líderes nazistas de confiança, que desempenhavam papéis cruciais no regime, influenciando políticas militares, de propaganda, e de segurança. Esse grupo foi essencial na implementação do Holocausto e na condução da Segunda Guerra Mundial.
Apesar da lealdade, havia muita rivalidade interna no regime nazista, com disputas de poder e influência. Hitler incentivava essa competição entre seus subordinados, acreditando que isso aumentaria a eficiência. Cada líder tentava se destacar aos olhos de seu líder, resultando em frequentes conflitos de interesse e manobras políticas.
É nesse ambiente que cresce e colapsa um dos regimes mais cruéis da história da humanidade.
Para atingir seus objetivos ambiciosos de expansão territorial e genocídio, Hitler contou com um círculo íntimo de colaboradores fiéis, entre eles Albert Speer, Joseph Goebbels, Hermann Göring, Heinrich Himmler, Reinhard Heydrich, Martin Bormann e Rudolph Hess. Cada um desempenhou um papel crucial no regime nazista, contribuindo para a máquina de guerra e a brutalidade do Holocausto.
Albert Speer, o arquiteto-chefe de Hitler, foi responsável por dobrar a produção de armamentos da Alemanha, utilizando trabalho forçado de prisioneiros dos campos de concentração. Speer, inicialmente um amigo próximo de Hitler, planejou até mesmo assassinar o ditador em 1945 quando percebeu que a guerra estava perdida. Embora tenha sido condenado a 20 anos de prisão nos Julgamentos de Nuremberg, ele alegou desconhecimento do Holocausto, uma mentira desmascarada após sua morte.
Goebbels, um romancista fracassado que se tornou ministro da propaganda, usou suas habilidades para manipular a opinião pública. Ele controlava o que os alemães liam, viam e ouviam, exaltando as virtudes nazistas enquanto difamava os judeus. Seu papel foi fundamental na aceitação pública das atrocidades cometidas pelo regime. Em 1945, com medo da captura, ele e sua esposa envenenaram seus seis filhos antes de cometerem suicídio.
Hermann Göring, um herói de guerra da Primeira Guerra Mundial, foi um dos primeiros apoiadores de Hitler. Ele liderou a força aérea alemã e foi nomeado sucessor de Hitler, embora tenha caído em desgraça nos últimos anos da guerra. Capturado pelos Aliados, Göring foi condenado em Nuremberg, mas se suicidou antes de ser enforcado.
Líder da SS, Heinrich Himmler, foi um dos principais arquitetos do Holocausto. Obcecado pela pureza racial e pelo ocultismo, Himmler supervisionou a implementação da "Solução Final", que resultou na morte de seis milhões de judeus. Ele tentou negociar sua rendição no final da guerra, mas acabou capturado e se suicidou antes de ser julgado.
Reinhard Heydrich, protegido de Himmler, era conhecido por sua crueldade e eficiência, tanto que ficou conhecido como "Carrasco de Hitler" e "Açougueiro de Praga". Ele organizou a Kristallnacht e a Conferência de Wannsee, onde a "Solução Final" foi planejada. Heydrich morreu em 1942, após um atentado em Praga.
Era secretário pessoal de Hitler e exercia imenso poder controlando o acesso ao ditador e manipulando informações. Ele desapareceu após a morte de Hitler e foi julgado à revelia em Nuremberg. Seus restos mortais foram encontrados apenas em 1972, indicando que ele provavelmente cometeu suicídio.
Hess, um dos primeiros seguidores de Hitler, foi vice-führer e ajudou a transcrever "Mein Kampf". Em 1941, voou para a Escócia numa tentativa de negociar a paz com a Grã-Bretanha, mas foi capturado e passou o resto da guerra como prisioneiro. Condenado à prisão perpétua em Nuremberg, Hess se suicidou em 1987.
Em abril de 1945, com a aproximação das tropas russas, Hitler se refugiou em seu bunker em Berlim, onde se casou com Eva Braun antes de ambos cometerem suicídio. Os principais membros de seu círculo interno enfrentaram diversos destinos após a queda do regime: alguns foram capturados e julgados, enquanto outros escolheram a morte.
Os julgamentos de Nuremberg expuseram as atrocidades cometidas pelo círculo interno de Hitler, trazendo à luz a extensão dos crimes de guerra e do Holocausto. A história desses homens serve como um lembrete sombrio do potencial para o mal quando o poder é consolidado nas mãos de indivíduos implacáveis e fanáticos.