Em um mundo onde as informações e estímulos competem constantemente pelo foco das pessoas, a falta de concentração pode ser algo normal. No entanto, existe um transtorno que afeta a capacidade de se concentrar em um nível crônico: o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou simplesmente TDAH.
Embora frequentemente associado à infância, o TDAH pode persistir na vida adulta, impactando significativamente a qualidade de vida daqueles que o enfrentam. Um exemplo notável é a cantora Lily Allen, que também lida com esse transtorno. Mas afinal, como esse transtorno funciona e qual é seu tratamento? Vamos explorar mais para entender melhor.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, conhecido como TDAH, é um transtorno neurobiológico genético. Ele se destaca pela presença de sintomas que envolvem dificuldade em manter a atenção em tarefas específicas, inquietação constante e impulsividade.
De acordo com o psiquiatra Mario Louza, “O TDAH é um transtorno mental que começa na infância e pode ou não persistir na idade adulta, trazendo uma série de sintomas. Há distraibilidade muito grande; a pessoa se vê como avoada ou distraída, perde objetos, é desorganizada e se atrapalha com coisas cotidianas”.
Segundo dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), a prevalência global do transtorno varia entre 5% e 8%. No Brasil, cerca de 2 milhões de adultos vivenciam os sintomas associados ao transtorno. Vamos entender melhor as três principais características do TDAH.
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As causas exatas do TDAH ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais desempenhem um papel. Aqui estão alguns dos principais fatores segundo a ABDA:
Muitas pessoas se perguntam “como saber se tenho TDAH?”. O diagnóstico é feito de forma clínica através de consulta com um médico especializado, como um neurologista ou psiquiatra, e geralmente inclui testes específicos e questionários.
Os profissionais procuram identificar a presença das características principais (desatenção, hiperatividade e impulsividade) e avaliar como esses sintomas afetam a vida cotidiana. Questões como histórico médico e informações de familiares também são levadas em conta.
Embora o TDAH não tenha uma cura definitiva, ele é um transtorno que pode ser tratado. O foco do tratamento é controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos afetados. Com a abordagem correta, muitas pessoas conseguem viver de forma produtiva e satisfatória.
O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que combina apoio psicológico, medicação (como psicoestimulantes) e terapia comportamental, especialmente no caso de crianças. A participação da família e da escola é crucial para criar uma rotina adequada e um suporte positivo.
É importante lembrar que o tratamento pode variar de pessoa para pessoa, dependendo das necessidades individuais e da gravidade dos sintomas. O objetivo principal é gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados pelo transtorno.