A Missão de Observação Eleitoral (MOE), plataforma colombiana de organizações da sociedade civil, confirmou a vitória de Edmundo González nas eleições presidenciais da Venezuela. González obteve 67,2% dos votos, enquanto Nicolás Maduro, atual presidente, ficou com 30,4%. A análise foi realizada em 29 de julho de 2024.
As eleições, realizadas em 28 de julho, foram marcadas por uma série de irregularidades apontadas pela oposição. A MOE revisou as atas de votação e utilizou QR codes presentes nos documentos para verificar a autenticidade dos votos. A verificação incluiu 21.952 registros válidos, descartando aqueles de baixa resolução que não permitiam leitura clara. Esta revisão corroborou os números divulgados pela oposição.
Plataforma Colômbiana Verifica a Vitória de Edmundo González
A MOE destacou a importância de tornar públicas as imagens digitalizadas de todos os registros eleitorais. Além disso, solicitou uma auditoria abrangente das linhas de transmissão de informações e abertura do código-fonte do sistema central. Estas medidas visam identificar qualquer fraude ou erro de programação que poderia afetar a contagem final dos votos.
Como foi realizada a análise das atas de votação?
O processo de verificação foi minucioso. A MOE usou QR codes presentes nas atas para identificar o local de votação e contabilizar os votos recebidos por cada partido. A plataforma também conferiu as assinaturas nos documentos como parte da validação. Este processo detalhado é crucial para garantir a integridade do processo eleitoral.
Oposição Declara Eleição Fraudulenta
A oposição a Maduro e parte da comunidade internacional pedem maior transparência no processo. Em 2 de agosto, o conselho eleitoral, aliado ao regime, anunciou a reeleição de Maduro com 51,95% dos votos, enquanto os resultados paralelos indicavam uma vitória clara de González. Sem acesso amplo aos boletins oficiais, a oposição divulgou os resultados de sua contagem paralela, que coincidiam com os números da MOE.
Consequências Políticas e Demandas da MOE
A MOE exige que o governo venezuelano implemente várias medidas para garantir a integridade do processo eleitoral. Entre elas:
Tornar públicas as imagens digitalizadas de todos os registros eleitorais.
Realizar uma auditoria abrangente das linhas de transmissão de informações.
Abrir e auditar o código-fonte do sistema central de consolidação de informações.
Estas ações são vistas como essenciais para identificar e prevenir eventuais fraudes ou alterações nos resultados eleitorais. Segundo a MOE, este nível de transparência é necessário para restabelecer a confiança na integridade das eleições na Venezuela.
Impacto Internacional e Reações
A comunidade internacional está dividida sobre os resultados. Diversos países recusam-se a reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, apoiando a reivindicação de Edmundo González como presidente legítimo da Venezuela. A situação no país está tensa, com a oposição e a comunidade internacional exigindo medidas concretas para resolver a crise política.
Com informações detalhadas e verificadas por plataformas de observação independentes como a MOE, o panorama político venezuelano segue em um estado de incerteza e contestação. As demandas por transparência e auditoria são fortes, e a pressão sobre o governo de Maduro continua a aumentar.