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Rodas da Democracia
A saga dos motoristas nas eleições de Plácido de Castro: superando desafios sob o sol acreano
07/10/2024 18h16 Atualizada há 1 mês
Por: Paulo Roberto
Foto: Paulo Roberto - 06 de outubro de 2024

O relato a seguir apresenta um fio condutor dos acontecimentos do dia das eleições municipais em Plácido de Castro-AC, em 6 de outubro de 2024, com foco específico no núcleo das equipes de motoristas responsáveis pela logística e dotação das seções eleitorais, bem como pelo transporte direto dos eleitores e, como um todo, ao aspecto principal das eleições: o pleno exercício ao voto. 

É importante ressaltar que a intenção deste texto é registrar conteúdo relacionado aos motoristas e suas atividades, não por esquecimento ou desvalorização de outros aspectos igualmente cruciais, mas pela especificidade do conteúdo abordado.

Reconhecemos plenamente a força e a importância das demais atividades envolvidas no processo eleitoral, sem as quais este não se realizaria. O processo eleitoral é, em sua essência, uma ação concentrada e objetiva, onde cada componente desempenha um papel vital. 

A escolha de focar nos motoristas não diminui a relevância dos demais atores; pelo contrário, ressalta como cada parte contribui para o todo harmonioso que é a realização de uma eleição democrática.

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Assim, este relato deve ser entendido como uma peça de um quebra-cabeça maior, destacando uma faceta específica de um evento multifacetado e complexo. Cada atividade, cada função, cada indivíduo envolvido no processo eleitoral é fundamental, e todos se unem em um propósito comum: garantir o exercício pleno da democracia.

Ontem, 6 de outubro de 2024, data importante no país reservada às eleições municipais, Plácido de Castro vibrava ao compasso da democracia. Convocado, como de costume, para integrar a comissão de transportes da Justiça Eleitoral, testemunhei um espetáculo de cidadania sob o implacável sol acreano, que transformava o ar em uma fornalha viva.

O asfalto crepitava sob nossos pés enquanto os ônibus, colossos de metal incandescente, retornavam quase vazios dos ramais a percorrer as estradas AC 40 e 475, evidenciando que a maioria dos eleitores permanência em suas localidades ou a realização de suas transferências para locais próximos de seus lares. Esses gigantes solitários, desafiando as leis da termodinâmica, tinham interiores que rivalizavam com os círculos infernais de Dante. Os eleitores, prudentemente, evitavam essas câmaras móveis de calor extremo, que mais lembravam centrífugas ou fornos em potência máxima.

Em meio a essa sinfonia de calor e democracia, presenciei a tenacidade de cada colega e motorista - dos novatos aos veteranos - numa prova de fogo literal. Seu compromisso resplandecia mais intensamente que o sol inclemente. É digno de nota que todos os motoristas exercem com maestria o seu papel. Os órgãos e as autoridades de sua lotação estão de parabéns, pois reconhecem que esses profissionais não são meros condutores, mas agentes de transformação. Dia após dia, eles transportam o futuro desta nação: as crianças, os jovens e os adultos que se deslocam para estudar. Este compromisso reforça a certeza de que as pessoas são muito mais importantes do que qualquer planejamento na qualidade de protagonistas de mudança.

A união entre os membros das equipes eleitorais foi fundamental para superar os desafios, especialmente ao facilitar o acesso ao voto para os moradores das zonas urbana e rural. Esta cooperação se mostrou crucial diante das dificuldades enfrentadas no caminho às seções eleitorais. Um exemplo notável foi quando o veículo conduzido pelo jovem Rhaoni teve problemas em um dos pneus, sendo prontamente socorrido por Décio, que garantiu que a equipe chegasse ao seu destino.

O relato a seguir apresenta um fio condutor dos acontecimentos do dia das eleições municipais em Plácido de Castro-AC, em 6 de outubro de 2024, com foco específico no núcleo das equipes de motoristas responsáveis pela logística e dotação das seções eleitorais, bem como pelo transporte direto dos eleitores e, como um todo, ao aspecto principal das eleições: o pleno exercício ao voto. 

É importante ressaltar que a intenção deste texto é registrar conteúdo relacionado aos motoristas e suas atividades, não por esquecimento ou desvalorização de outros aspectos igualmente cruciais, mas pela especificidade do conteúdo abordado.

Reconhecemos plenamente a força e a importância das demais atividades envolvidas no processo eleitoral, sem as quais este não se realizaria. O processo eleitoral é, em sua essência, uma ação concentrada e objetiva, onde cada componente desempenha um papel vital. 

A escolha de focar nos motoristas não diminui a relevância dos demais atores; pelo contrário, ressalta como cada parte contribui para o todo harmonioso que é a realização de uma eleição democrática.

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Assim, este relato deve ser entendido como uma peça de um quebra-cabeça maior, destacando uma faceta específica de um evento multifacetado e complexo. Cada atividade, cada função, cada indivíduo envolvido no processo eleitoral é fundamental, e todos se unem em um propósito comum: garantir o exercício pleno da democracia.

Ontem, 6 de outubro de 2024, data importante no país reservada às eleições municipais, Plácido de Castro vibrava ao compasso da democracia. Convocado, como de costume, para integrar a comissão de transportes da Justiça Eleitoral, testemunhei um espetáculo de cidadania sob o implacável sol acreano, que transformava o ar em uma fornalha viva.

O asfalto crepitava sob nossos pés enquanto os ônibus, colossos de metal incandescente, retornavam quase vazios dos ramais a percorrer as estradas AC 40 e 475, evidenciando que a maioria dos eleitores permanência em suas localidades ou a realização de suas transferências para locais próximos de seus lares. Esses gigantes solitários, desafiando as leis da termodinâmica, tinham interiores que rivalizavam com os círculos infernais de Dante. Os eleitores, prudentemente, evitavam essas câmaras móveis de calor extremo, que mais lembravam centrífugas ou fornos em potência máxima.

Em meio a essa sinfonia de calor e democracia, presenciei a tenacidade de cada colega e motorista - dos novatos aos veteranos - numa prova de fogo literal. Seu compromisso resplandecia mais intensamente que o sol inclemente. É digno de nota que todos os motoristas exercem com maestria o seu papel. Os órgãos e as autoridades de sua lotação estão de parabéns, pois reconhecem que esses profissionais não são meros condutores, mas agentes de transformação. Dia após dia, eles transportam o futuro desta nação: as crianças, os jovens e os adultos que se deslocam para estudar. Este compromisso reforça a certeza de que as pessoas são muito mais importantes do que qualquer planejamento na qualidade de protagonistas de mudança.

A união entre os membros das equipes eleitorais foi fundamental para superar os desafios, especialmente ao facilitar o acesso ao voto para os moradores das zonas urbana e rural. Esta cooperação se mostrou crucial diante das dificuldades enfrentadas no caminho às seções eleitorais. Um exemplo notável foi quando o veículo conduzido pelo jovem Rhaoni teve problemas em um dos pneus, sendo prontamente socorrido por Décio, que garantiu que a equipe chegasse ao seu destino.

Mizael, em seu relato, retratou um quadro de determinação. Percorreu os ramais mais remotos, recolhendo um punhado de almas destemidas. Superou-se ao resgatar aqueles que pareciam sucumbir ao calor próximo à escola Flávia Barros Pimentel, transformando seu veículo em um oásis ambulante.

A tenda instalada em frente ao prédio onde eu trabalho testemunhou os raios solares afugentando até os animais que ousaram repousar no chão quase em ebulição.

A logística das urnas eletrônicas fluiu com precisão suíça, graças à sintonia perfeita entre os motoristas responsáveis e seus respectivos veículos. Cada segundo foi precioso nessa coreografia eleitoral. Vale ressaltar que o motorista encarregado do transporte das urnas eletrônicas é um profissional excepcionalmente habilidoso, demonstrando pontualidade e responsabilidade impecáveis desde o início das operações.

No ramal da Enco, observei a maestria dos colegas. Suas decisões ágeis e assertivas asseguraram que nenhum trecho ficasse desamparado, numa dança de eficiência que aqueceu meu coração mais que o sol escaldante.

Mesmo quando o infortúnio se apresentou, com um veículo Marruá danificado no ramal 14, a providência nos favoreceu, preservando vidas e o espírito da missão.

Leonaldo, Nin, Aldenor, Damião Mesquita, Manoel Vargas e, em especial, Abimael - guerreiros que assumiram a tarefa de substituir colegas em locais distantes para que estes pudessem exercer seu direito ao voto - merecem nossa mais profunda admiração. Abimael, a exemplo de Aldenor e Denilson, destacam-se como motoristas responsáveis por conduzir outros motoristas a locais distantes para votar, demonstrando um compromisso excepcional com o processo democrático. Damião Mesquita e Denilson, voluntário dedicado e servidor público municipal, também exerceram este papeis cruciais. Na verdade, todos os envolvidos nesta missão demonstraram uma dedicação admirável, cada um contribuindo de forma significativa para o sucesso do processo eleitoral.

Estes homens e mulheres, verdadeiros pilares da democracia local, exibiram uma coragem e um comprometimento que transcenderam o dever cívico, tornando-se exemplos vivos de cidadania em ação.

O astro-rei, em sua tirania luminosa, venceu muitas batalhas no dia de ontem. Dominou o trânsito, afugentou eleitores e fez a sede clamar por alívio. No entanto, aqueles que, armados de coragem e consciência cívica, driblaram seus raios impiedosos, saíram tão vitoriosos quanto os candidatos que disputavam o parlamento e a prefeitura de Plácido de Castro.

É crucial ressaltar a importância do voto consciente e da participação ativa no processo democrático. O eleitor deve compreender que seu voto é um instrumento poderoso de mudança e que a escolha criteriosa de representantes é fundamental para evitar futuras lamentações sobre ações não realizadas ou promessas não cumpridas.

Nesse contexto, cito o poeta João Cabral de Melo Neto, que em seu 'Morte e Vida Severina' retrata o impacto das secas e do calor:

“O sol se pôs, a sombra veio

Vem a noite, rei se deitou

Vem a noite, tem que deitarem

Pois quem espera nunca cansou”

Estes versos ecoam a resistência do povo acreano diante das adversidades climáticas, assim como sua persistência na luta pela democracia.

Nessas 24 horas que se passaram, sob o céu azul e o sol escaldante do Acre, aprendi uma lição indelével: a democracia, assim como o povo acreano, é feita de uma fibra que nem mesmo o mais ardente dos sóis é capaz de derreter. Ela persiste, resiste e floresce, mesmo nas condições mais adversas, um testemunho vivo da força indomável do espírito humano.

Paulo Roberto de A. Pereira 

Servidor Público