Na manhã desta quarta-feira, 20, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Cidadania, Assistência Social e Trabalho, através da Coordenadoria Municipal das Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial, promoveu a 1ª Exposição Cultural que homenageou a história, a luta e a riqueza da cultura afro-brasileira em celebração ao Dia da Consciência Negra, comemorado em todo o país neste 20 de novembro. Com o objetivo de valorizar a história, a cultura e as contribuições do povo negro para a sociedade brasileira, o evento reuniu arte, música, culinária e debates que emocionaram e inspiraram os presentes.
Foto: Secom/PMPC
O evento, realizado na Praça Profª Balbina Firmino, no Centro da cidade, apresentou uma rica exposição com fotografias, objetos históricos, vestimentas tradicionais e obras de artistas locais. Cada item contou um pouco da história de luta e resistência do povo negro, principalmente aqueles que habitam ou habitaram o território placidiano.
Entre os destaques, estavam painéis que homenageavam figuras icônicas do Município de Plácido de Castro, como João de Deus, Elson Pereira, Nilva Golveia e outras personalidades negras que marcaram a história local. Os visitantes também puderam explorar a influência africana em diversos aspectos da cultura brasileira, como a música, a dança e a culinária. “Essa exposição é um convite à reflexão sobre nossa identidade e as contribuições negras para a formação do Brasil”, destacou a Secretária Municipal de Assistência Social, Patrícia Andrade.
O palco da exposição foi tomado por apresentações culturais que exaltaram as raízes africanas. Grupos de capoeira e estudantes de escolas municipais, que trouxeram energia e emoção ao público, enquanto Zezinho, músico local, interpretava canções que celebravam a ancestralidade negra.
A programação incluiu ainda apresentações de louvores, bem como, de poesias típicas da África, mostra de livros de autores negros que fizeram história no Brasil, confecção de tranças, exposição de peças confeccionadas pelo grupo de mulheres da SEMCASTR e muito mais. “Foi emocionante ver tantas pessoas unidas, celebrando nossa cultura e refletindo sobre a importância da igualdade”, disse Roneide Lima, uma das organizadoras do evento.
Além disso, um espaço gastronômico com pratos típicos da culinária afro-brasileira foi montado, permitindo que os visitantes experimentassem sabores que carregam histórias de luta e celebração.
A Exposição também abriu espaço para rodas de conversa e palestras com lideranças da região, abordando temas como saúde masculina, racismo, igualdade racial e o papel da educação na transformação social. Crianças estudantes participaram ativamente, trazendo perguntas, reflexões e aprendizados que certamente ecoarão em suas vidas.
Mesmo cumprindo agenda em outro local, o Prefeito de Plácido de Castro, Camilo da Silva, reforçou o compromisso do município em valorizar a cultura negra e combater as desigualdades raciais:
"Este evento não é apenas uma celebração, mas um marco no nosso compromisso em construir uma sociedade mais justa e igualitária. Que a consciência negra seja parte do nosso cotidiano, todos os dias do ano."
A Exposição Cultural em alusão ao Dia da Consciência Negra deixou um legado profundo nos corações e mentes dos moradores de Plácido de Castro. Mais do que uma homenagem, foi um momento de união e aprendizado, reafirmando a força e a beleza da diversidade que compõe o município de Plácido de Castro, que respira cultura, história e resistência. Juntos, seguiremos celebrando as raízes que nos fazem crescer!
20 de novembro
O Dia da Consciência Negra, celebrado no Brasil em 20 de novembro, é uma data de profunda importância histórica e cultural. Mais do que uma simples homenagem, este dia convida a sociedade a refletir sobre a luta contra o racismo, a desigualdade e o preconceito, enquanto celebra as ricas contribuições do povo negro para a construção do país.
A escolha do 20 de novembro como marco não é aleatória. A data homenageia Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da resistência negra no Brasil colonial e símbolo de luta pela liberdade. Zumbi comandou o Quilombo dos Palmares, uma comunidade formada por escravizados que escaparam da opressão, tornando-se um ícone da resistência contra a escravidão.
Mais do que um momento de celebração, o Dia da Consciência Negra é um chamado à conscientização. Ele nos lembra dos impactos históricos da escravidão e do racismo estrutural que ainda perpetuam desigualdades no Brasil. A data também reforça a necessidade de valorizar a história, a cultura e as conquistas do povo negro.
O Brasil carrega em suas raízes uma forte influência africana, presente na música, na dança, na culinária, na religião e em inúmeras manifestações artísticas e culturais. O samba, o maracatu, o acarajé e o candomblé são apenas alguns exemplos da riqueza trazida pelas comunidades negras.
A força e a criatividade do povo negro também se manifestam em campos como a ciência, a literatura, o esporte e a política, apesar dos desafios impostos pelo racismo. Celebrar o Dia da Consciência Negra é reconhecer essas contribuições e reforçar o compromisso com a luta por igualdade e justiça.
Embora avanços tenham sido conquistados, ainda há muito a ser feito para combater o racismo e as desigualdades que afetam a população negra. A data nos lembra que a luta por direitos iguais e respeito às diferenças é uma tarefa de toda a sociedade.
O Dia da Consciência Negra é um momento para refletir sobre o passado, agir no presente e construir um futuro mais justo. É uma celebração da ancestralidade, da identidade e da resistência. Mais do que um dia no calendário, é um convite para que todos se unam em prol da valorização da diversidade e da promoção da igualdade.
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