O Ministério da Saúde do Peru confirmou neste sábado (25) os três primeiros casos registrados no país da variante Delta Plus do novo coronavírus, que contém uma nova mutação na proteína que o vírus utiliza para entrar nas células humanas.

Esses primeiros casos encontrados em Lima foram reportados pelo ministro da Saúde, Hernando Cevallos, em declarações à imprensa durante uma visita a um dos centros de vacinação na capital peruana.

"Não só a variante Delta aumentou, como também surgiu a variante Delta Plus, que gera uma fuga imunológica, que é uma diminuição da eficácia da vacina. Isso não significa que as vacinas aplicadas não funcionem para a variante Delta Plus", explicou Cevallos.

Os três casos estão ligados entre si e foram localizados no distrito de Ate-Vitarte, no leste de Lima. O primeiro caso foi detectado em 3 de setembro, em um profissional da saúde, e os outros dois em 11 de setembro, em um parente e em um vizinho, segundo o vice-ministro da Saúde Pública, Gustavo Rosell.

Nenhum dos três pacientes desenvolveu sintomas graves, pois o primeiro foi vacinado e os outros dois eram jovens, motivo pelo qual foram tratados em ambulatório. A fim de evitarem a propagação dessa variante, as autoridades sanitárias elaboraram um cerco epidemiológico e vacinaram todas as pessoas que vivem nas proximidades desses três casos.

Contudo, Rosell advertiu que, como já foi encontrada a Delta Plus na comunidade, é muito provável que a variante esteja circulando desenfreadamente.

Algo semelhante aconteceu com a variante Delta, cujo primeiro caso foi detectado no fim de junho e que é agora a variante predominante no país, após as variantes Gama e Lambda terem prevalecido, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde.

O processo de vacinação contra a Covid-19 continua em nível nacional com a meta de ultrapassar 25 milhões de doses aplicadas neste fim de semana e se aproximar de 10 milhões de pessoas com o regime completo, o que representará quase 30% da população.