A esposa do universitário de nacionalidade iraniana e sueca Ahmedreza Djalali, acusado de espionagem e ameaçado de execução no Irã, pediu neste sábado (21) ajuda à União Europeia (UE) para a libertação de seu marido, durante uma entrevista à emissora pública alemã ZDF.
"Espero que a UE possa agir realmente de forma decisiva para trazer Ahmedreza para casa", disse, em trechos da entrevista transmitida pela ZDF.
A UE não deve "permitir que um homem inocente seja assassinado de forma tão desumana", acrescentou.
Segundo a mídia iraniana, ele poderia ser enforcado no sábado e os funcionários iranianos disseram que executariam a sentença.
Mas, segundo sua esposa, Vida Mehrannia, a execução não ocorreu.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu na terça-feira (17) a Teerã que detivesse a execução e exigiu a revogação de sua condenação.
Ahmadreza Djalali, que estava radicado em Estocolmo, onde trabalhava no Instituto Médico Karolinska, foi detido durante uma visita ao Irã em 2016.
Ele foi condenado à morte em 2017 por acusações de espionagem, negados pela Suécia e seus partidários.
Em fevereiro de 2018, durante sua detenção, a Suécia lhe deu a nacionalidade.
Djalali pode ser executado no Irã / ANISTIA INTERNACIONAL/AFP