Autoridades sanitárias europeias afirmaram nesta terça-feira (20) que há mais de um ano o continente está vivendo a epidemia de gripe aviária “mais devastadora” da história, com cerca de 50 milhões de aves sacrificadas em granjas contaminadas.
Entre outubro de 2021 e setembro de 2022, “a Europa se viu afetada pela epidemia de gripe aviária altamente patogênica mais devastadora”, diz um relatório da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês), do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) e do Laboratório de referência da União Europeia.
No total, 37 países europeus foram afetados, com mais de 2.500 focos detectados em todo continente.
As perdas de frangos, patos, ou perus, nas fazendas afetadas são, na verdade, maiores do que isso, já que o balanço de 50 milhões de aves abatidas não inclui as operações preventivas eventualmente realizadas em torno dos focos registrados, disse a agência de saúde à AFP.
A epidemia não retrocedeu desde setembro, e os contágios foram aumentando, à medida que o inverno se aproxima.
A EFSA destacou que, “pela primeira vez”, não houve separação entre duas ondas epidêmicas, considerando-se que o vírus não desapareceu durante o verão. Neste outono, a epidemia foi mais virulenta do que nessa mesma época no ano passado, com 35% a mais de granjas infectadas.
Entre 10 de setembro e 2 de dezembro de 2022, cerca de 400 novos focos foram relatados em granjas de 18 países europeus, especialmente na França, no Reino Unido e na Hungria.
A pedido da Comissão Europeia, a EFSA disse que está examinando “a disponibilidade de vacinas” para prevenir a gripe aviária altamente patogênica em aves e que “estuda eventuais estratégias de vacinação”.