O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso foi hostilizado, na noite de segunda-feira (2), quando embarcava no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos. Passageiros vaiaram o magistrado, o xingaram e gritaram: "Sai do voo".
Pelos vídeos, é possível ver que o ministro não reage aos ataques. Mas, após o episódio, ele se manifestou. "É uma mistura de ódio, ignorância, espírito antidemocrático e falta de educação. O Brasil adoeceu. Espero que consigamos curá-lo e que uma luz espiritual ilumine essas pessoas", declarou.
A atitude de manter-se calado enquanto era hostilizado difere do que já ocorreu em outra ocasião. Em novembro do ano passado, ao ser abordado em Nova York por um manifestante contrário ao resultado das eleições presidenciais de 2022, respondeu: "Perdeu, mané, não amola".
Em razão do episódio mais recente, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a Polícia Federal está à disposição para investigar agressões e ameaças sofridas por Barroso e demais ministros do STF. "São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes", disse Dino, por meio das redes sociais.
Os ataques não ocorreram apenas fora do país. Em novembro do ano passado, Barroso precisou ser escoltado após ter sido hostilizado enquanto jantava com amigos em um restaurante de Porto Belo, em Santa Catarina. Além de sair do estabelecimento, o ministro precisou deixar a residência onde estava hospedado, já que os manifestantes descobriram o local e ameaçaram invadir.