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Terremoto já matou mais de 25 mil pessoas na Turquia e Síria

Cinco dias após os tremores, autoridades continuam buscando por sobreviventes entre os escombros nos dois países

Por: Informativo Plácido Fonte: R7
11/02/2023 às 10h53
Terremoto já matou mais de 25 mil pessoas na Turquia e Síria
Pessoas passam em frente a prédio destruído após o terremoto em Hatay, na Turquia | GUGLIELMO MANGIAPANE/REUTERS - 9.2.2023

O devastador terremoto que atingiu a Turquia e a Síria já deixou mais de 25 mil mortos, segundo um novo balanço divulgado neste sábado (11), mas as equipes de resgate continuam buscando, intensamente, por pessoas com vida entre os escombros. 

O terremoto de magnitude 7,8 teve seu epicentro na Turquia, na cidade de Gaziantep, no sudeste do país, atravessou a fronteira, atingindo também com força a Síria. O país governado por Bashar al-Assad passa por uma guerra civil que já dura onze anos e, por isso mesmo, já tem um elevado grau de destruição em suas cidades. O terremoto agravou ainda mais a situação já desesperadora do povo sírio, que passa por momentos desoladores. Na foto acima, mulher caminha, neste sábado (11), com um forno e um botijão de gás em meio a busca por sobreviventes cinco dias após o desastre na cidade de Jindayris, na província de AlepoMOHAMMED AL-RIFAI/AFP - 11.02.2023

Funcionários e médicos detalharam que 21.848 pessoas morreram na Turquia, e 3.553, na Síria, desde segunda-feira (6), quando ocorreu o terremoto de magnitude 7,8, elevando o total confirmado para 25.401 óbitos.

Moradores andam próximos a prédios destruídos pelo terremoto numa busca por sobreviventes em Alepo, neste sábadoMOHAMMED AL-RIFAI/AFP - 11.02.2023

O terremoto foi o mais intenso na Turquia desde 1939, quando 33 mil pessoas morreram na província de Erzincan (no leste do país). De acordo com os balanços oficiais mais recentes, o terremoto principal foi acompanhado por mais de 100 réplicas nos dias seguintes.

Nesta sexta-feira (10), Um homem descansava sobre colchões que estavam sobre destroços de um prédio na cidade de JindayrisRAMI AL SAYED/AFP - 10.02.2023

A ajuda humanitária começou a chegar à Turquia, mas o acesso à Síria, que está em guerra civil e com o regime sob sanções da comunidade internacional, continua complicado. O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, exigiu, por sua vez, "um cessar-fogo imediato" na Síria para facilitar o fornecimento de ajuda.

Em meio aos destroços, um menino carrega o que sobrou de uma bicicletaMOHAMMED AL-RIFAI/AFP - 11.02.2023

A ONU (Organização das Nações Unidas) só pode enviar ajuda às áreas controladas pelos rebeldes no noroeste por meio da passagem de Bab al Hawa, na fronteira com a Turquia.

Outro garoto remexe nos detritos de um prédio em busca de algo minimamente aproveitável na cidade de Jableh, que fica na província de LatakiaKARIM SAHIB/AFP - 10.02.2023

Segundo as Nações Unidas, as estradas por essa passagem estão em péssimo estado, o que complica o fornecimento de ajuda. A guerra também destruiu hospitais e provocou problemas no abastecimento de energia elétrica e água na Síria.

Mulher carrega um bebê em Jindayris, província de Alepo que é dominada por rebeldesBAKR ALKASEM/AFP - 10.02.2023

"Enquanto [a passagem] estiver completamente operacional, haverá enormes quantidades de provisões prontas para entrar" na Síria, indicou Michael Ryan, responsável pela gestão de situações de emergência da OMS (Organização Mundial da Saúde). "Hoje, o terremoto atrai de novo a atenção, mas o mundo se esqueceu da Síria", denunciou.

Musa Hmeidi, um menino de seis anos, foi resgatado de um prédio que ruiu em JindayrisBAKR ALKASEM/AFP - 10.02.2023

A diplomacia turca afirmou que está trabalhando para abrir outros dois pontos de passagem "com as regiões sob controle do governo sírio, por razões humanitárias". O governo sírio, por sua vez, anunciou que vai autorizar o fornecimento de ajuda internacional às áreas controladas pelos rebeldes, com a "supervisão" do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho sírio.

Um socorrista dos Emirados Árabes usa um cachorro em busca de sobreviventes nos destroços de um prédio que ficou completamente destruído na cidade de JablehKARIM SAHIB/AFP - 10.02.2023

O PMA (Programa Mundial de Alimentos), agência especializada das Nações Unidas, reivindicou US$ 77 milhões para levar comida a 874 mil pessoas afetadas pelo terremoto na Síria e na Turquia.

Os socorristas conhecidos como Capacetes Brancos distribuem medicamentos e alimentos a vítimas do terremoto na cidade de Killi, na Síria, neste sábado (11)OMAR HAJ KADOUR/AFP - 11.02.2023

Mais de 5 milhões de pessoas na Síria podem ficar desabrigadas como resultado do terremoto, alertou Sivanka Dhanapala, representante no país do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, em Damasco.

Bashar al-Assad (ao centro, com jaqueta de zíper), presidente sírio, visita um sobrevivente do terremoto no Tishreen University Hospital, na cidade de Latakia. A primeira-dama, Asma al-Assad (à direita), também estava presenteSANA/AFP - 11.02.2023

Nos dois lados da fronteira, milhares de casas foram destruídas e as equipes de emergência intensificam os esforços, mas as possibilidades de encontrar sobreviventes são cada vez menores após o período de três dias que os especialistas consideram crucial.

 

 

 

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