A Turquia concluiu as operações de resgate após o terremoto, mantendo os dispositivos apenas nas duas províncias mais atingidas pelos tremores de terra que deixaram dezenas de milhares de mortos, informou neste domingo (19) a Afad (Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres).
"Em muitas de nossas províncias, as buscas e resgates foram concluídos. O trabalho continua nas províncias de Kahramanmaras e Hatay", disse o diretor do órgão, Yunus Sezer, em Ancara.
O terremoto que abalou a região em 6 de fevereiro, de magnitude 7,8 e cujo epicentro se deu em Kahramanmaras, deixou mais de 40 mil mortos na Turquia e na vizinha Síria, segundo o último balanço da Afad.
No sábado, 296 horas após o terremoto, um casal foi resgatado em Antakya, capital da província de Hatay. O filho deles foi encontrado com vida, mas morreu logo depois.
Nos últimos três dias, sete pessoas foram retiradas com vida dos escombros, todas em Antakya.
Na província de Kahramanmaras, epicentro do terremoto, as chances de sobrevivência pareciam menores do que em Hatay devido ao frio, que chegou a -15°C à noite, em áreas nevadas, como Elbistan.
O vice-presidente turco, Fuat Oktay, informou, por sua vez, que 105 mil edifícios desabaram ou foram seriamente danificados e, portanto, terão de ser destruídos.
Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados, incluindo um de magnitude 6,6, e quarenta de intensidade entre 5 e 6, relatou a agência de socorro.
Numa mensagem publicada no Twitter, a Afad pediu às vítimas que não tentassem entrar nas casas danificadas para recuperar bens, "nem por pouco tempo".
O órgão também anunciou que já foram abertos os "pedidos de auxílio-moradia" para aqueles que perderam suas casas.
As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após o terremoto.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na terça-feira (14) que mais de 2 milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por conta própria.