Autoridades mexicanas apreenderam dez tigres, seis onças, cinco leões e outras espécies em uma área dominada por um cartel no estado de Jalisco, na cidade de La Barca, no México, conhecida por ser dominada pelo tráfico, neste sábado (22).
De acordo com a rede americana CBS News, o anúncio veio apenas uma semana depois que os promotores dos EUA revelaram que um chefe do cartel de Sinaloa alimentou seus inimigos, vivos e mortos, com tigres que mantinha.
As autoridades não identificaram o dono da terra onde os animais foram achados. Os agentes também encontraram antílopes, uma lhama, veados e pássaros na propriedade, que parecem ter sido mantidos em currais, estábulos e gaiolas em uma área ampla, ainda segundo a CBS News.
Na maioria dos casos no México, os animais apreendidos são levados a zoológicos ou reservas públicas ou privadas, onde podem receber a devida atenção.
A apreensão aconteceu uma semana depois que promotores americanos revelaram detalhes terríveis sobre como alguns traficantes usam tigres.
“Enquanto muitas dessas vítimas foram baleadas, outras foram alimentadas mortas ou vivas com os tigres mantidos por Ivan Archivaldo Guzman Salazar e Jesus Alfredo Guzman Salazar, os réus [filhos do traficante preso Joaquin 'El Chapo' Guzman], que criaram e mantiveram os tigres como seus animais de estimação”, de acordo com uma acusação revelada em 14 de abril no Distrito Sul de Nova York contra o cartel de Sinaloa.
O fascínio dos narcotraficantes mexicanos por animais exóticos é conhecido há muito tempo. Em 2022, fotos da cena de um tiroteio de gangues de drogas com a polícia em que 11 membros da gangue morreram mostraram um pequeno macaco - vestido com uma jaqueta camuflada e um pequeno colete "à prova de balas" - esparramado sobre o corpo de um atirador morto que foi aparentemente seu dono.