Quinta, 17 de Outubro de 2024
23°C 38°C
Plácido de Castro, AC
Publicidade

Saxon repete fórmula que pode condenar à obsolescência em “Hell, Fire and Damnation”

Ainda que apresente qualidades inegáveis, é possível conjecturar que novo disco dos britânicos talvez não se perpetue na memória coletiva

16/02/2024 às 11h36
Por: Informativo Plácido Fonte: Igor Miranda
Compartilhe:
Foto: Lea Stephan
Foto: Lea Stephan

“Quem ouviu um disco, ouviu todos”. Essa afirmação é frequentemente proferida por críticos de bandas como AC/DC, Ramones e outras cuja fórmula musical consiste nos mesmos ingredientes, muitas vezes nas mesmas proporções.

Se considerarmos os últimos vinte anos como um recorte temporal, essa máxima também se aplica ao Saxon, que tem produzido em uma escala quase industrial e, para o bem ou para o mal, em modo automático.

É claro que esse apego à fórmula tem seu lado positivo. Ao entregar exatamente o que os fãs, especialmente os da velha guarda, esperam, a fidelidade é mantida. No entanto, a falta de elementos inovadores significa que, por melhor que seja o material, ele está condenado ao esquecimento após a euforia inicial.

Em outras palavras, é apenas uma questão de tempo — e pouco tempo — até que ninguém mais se lembre ou comente sobre o recém-lançado “Hell, Fire and Damnation”. Da mesma forma, a expectativa de vida das músicas no repertório dos shows provavelmente se limitará à próxima turnê de divulgação do álbum.

Isso não era para ser assim; afinal, o Saxon agora conta com Brian Tatler, uma lenda da New Wave of British Heavy Metal por si só, na segunda guitarra. No entanto, o input do líder do Diamond Head, se é que houve, nas composições passa despercebido.

Afinal, com ou sem ele a bordo, o grupo se encarregaria de alternar o ímpeto agressivo de faixas como “Fire and Steel” e “Super Charger” — nas quais Nigel Glockler demonstra por que é um dos melhores bateristas em atividade no metal — às cadências de “Pirates of the Airwaves” e “Witches of Salem”; esta última, com um curioso tempero blueseiro.

E se a faixa-título se perde na própria pretensão de grandiosidade, números mais diretos ao ponto, como “Madame Guillotine” (com um excelente refrão) e a saudação aos ETs “There’s Something in Roswell”, provam que mesmo os mais premiados chefs precisam ser capazes de preparar um bom feijão com arroz.

*Ouça “Hell, Fire and Damnation” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

Saxon — “Hell, Fire and Damnation”

  1. The Prophecy
  2. Hell, Fire And Damnation
  3. Madame Guillotine
  4. Fire And Steel
  5. There’s Something In Roswell
  6. Kubla Khan And The Merchant Of Venice
  7. Pirates Of The Airwaves
  8. 1066
  9. Witches Of Salem
  10. Super Charger

 

 

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Música & Cultura
Sobre o blog/coluna
Coluna feita para pessoas que respiram música 24h por dia.
“Sem a música, a vida seria um erro” (Friedrich Nietzsche)
Ver notícias
Plácido de Castro, AC
30°
Tempo nublado

Mín. 23° Máx. 38°

30° Sensação
0.22km/h Vento
45% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
07h03 Nascer do sol
07h24 Pôr do sol
Sex 39° 22°
Sáb 40° 21°
Dom 38° 21°
Seg 38° 21°
Ter 36° 22°
Atualizado às 20h05
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,65 -0,02%
Euro
R$ 6,13 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,53%
Bitcoin
R$ 405,549,55 +0,87%
Ibovespa
130,793,41 pts -0.73%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias