A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) deu mais um passo na promoção da educação inclusiva no Acre. Na manhã desta quinta-feira, 19, foi realizada a cerimônia de encerramento do Curso de Formação Inicial e Continuada para professores tradutores-intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac) e o Instituto Federal do Acre (Ifac). O evento foi realizado no Centro de Atendimento ao Surdo (CAS), em Rio Branco.
Promovido pelo Departamento de Educação Especial da SEE, o curso totalizou 50 horas de formação ao longo do ano, com o objetivo de aprimorar a atuação dos profissionais que acompanham os alunos surdos na Educação Básica. A formação incluiu estudos teóricos e práticas metodológicas para responder às necessidades específicas de um público diverso e em constante transformação. Um total de 50 profissionais participaram das atividades.
Com a conclusão do curso, os professores estão mais preparados para atender às demandas dos alunos surdos e contribuir para a construção de uma educação bilíngue e intercultural, fortalecendo a inclusão no ambiente escolar.
Durante a cerimônia, a professora da Ufac Nina Rosa Araújo, doutora em Educação, destacou a importância da parceria com o CAS e com a SEE. “É papel primordial da universidade levar formação para a comunidade, além de atender nossos alunos. A parceria com o CAS é constante, tanto nos cursos de formação inicial quanto continuada. Essa colaboração fortalece o papel da educação de surdos e amplia as possibilidades de atuação dos intérpretes”, afirmou.
A professora de Libras do Ifac, Cristiane Nogueira, também ressaltou a relevância da formação para os intérpretes: “Trabalhar na formação desses profissionais é sempre um prazer. A educação bilíngue exige sensibilidade e dedicação, e a parceria entre o Ifac e a SEE eleva ainda mais o nível de atuação dos nossos intérpretes, que lidam diretamente com os desafios diários dos alunos surdos”.
A chefe do CAS, Lindomar Araújo, enfatizou os desafios enfrentados pelos intérpretes no contexto da educação inclusiva: “Os profissionais precisam lidar com a diversidade no universo da surdez, que envolve desde surdos que dominam Libras até aqueles com deficiências associadas. A formação busca preparar esses professores para intervir de maneira colaborativa, adaptando-se às necessidades específicas de cada aluno, que mudam constantemente”.
Ainda de acordo com Lindomar, o Acre avança na implementação da educação bilíngue, reconhecida nacionalmente como modalidade pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) desde 2021. Contudo, o Estado ainda não estruturou escolas ou salas bilíngues específicas, um movimento que, segundo a gestora, deve ser consolidado futuramente.
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