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Consórcios superam 4,17 mi em vendas e R$ 354 bi em negócios

Enquanto consorciados ativos ultrapassam 11,2 milhões, em novembro, perspectivas para 2025 sinalizam crescimento de 8% na modalidade

Por: Redação Fonte: Agência Dino
19/12/2024 às 16h32
Consórcios superam 4,17 mi em vendas e R$ 354 bi em negócios
ABAC

Faltando um mês para o encerramento do ano, o sistema de consórcios registrou, mais uma vez, o maior volume de vendas ao cravar 4,17 milhões de cotas, no acumulado de onze meses. O avanço de 7,8% sobre os 3,87 milhões anteriores esteve no intervalo entre 6% a 8% da projeção feita no final de 2023 pela assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

De janeiro a novembro, a somatória dos negócios realizados, a partir das cotas comercializadas, alcançou R$ 354,13 bilhões, 20,6% maior que os R$ 293,62 bilhões de um ano atrás.   

O volume de adesões teve sua base formada por 1,64 milhão de cotas de veículos leves; 1,23 milhão de motocicletas e motonetas; 924,92 mil de imóveis; 221,59 mil de veículos pesados; 115,25 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 48,42 mil de serviços.

No encerramento do período, houve significativo avanço nos negócios realizados, apoiado pelo aumento observado nas vendas de cotas, considerando ainda alta do valor do tíquete médio mensal, que provocaram novo patamar no total dos participantes ativos.

Por decorrência, o total de consorciados ativos continuou crescendo e bateu novo recorde em novembro. Com 11,22 milhões de participantes ativos, o Sistema de Consórcios progrediu 9,1% sobre os 10,28 milhões daquele mês em 2023.

No acompanhamento mensal da assessoria econômica da ABAC, iniciado em janeiro de 2022, a soma de integrantes anotava 8,21 milhões. Em novembro deste ano, a totalidade quebrou mais um recorde ao chegar a 11,22 milhões. Concluídos trinta e cinco meses consecutivos de constante crescimento, o acréscimo foi de 36,7%. A um mês de completar três anos, houve apenas uma retração em abril de 2023.

No conjunto de setores onde o consórcio está presente, a divisão por bens e serviços apresentou altas em quatro setores: 22,8% nos imóveis; 11,7% nos veículos pesados; 8,1% nos veículos leves; e 7,3% em motocicletas. Aqueles, nos quais aconteceram retração, foram: serviços, com -32,7%, e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com -15,8%.

No décimo primeiro mês do ano, o tíquete médio do sistema de consórcios foi R$ 95,58, 13,9% superior aos R$ 83,93 anotados no mês de novembro do ano passado.

O acumulado de consorciados contemplados atingiu 1,56 milhão, 4,7% maior que os 1,49 milhão verificados nos comparativos entre as somatórias de janeiro a novembro de 2024 e 2023.

Nas segmentações das contemplações, ocorridas por sorteio ou por lance, nos onze meses, houve: 647,47 mil de motocicletas; 637,80 mil de veículos leves; 103,54 mil de imóveis; 82,83 mil de veículos pesados; 52,85 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 32,46 mil de serviços.

A liberação de créditos para os consorciados contemplados atingiu R$ 91,03 bilhões, no período. Potencialmente injetados nos segmentos da economia nos quais o mecanismo está presente, o que correspondeu a aumento de 17,8% sobre os R$ 77,29 bilhões anteriores.

Perspectivas para 2025

“Ao somar 425,32 mil cotas comercializadas no mês de novembro, a segunda maior marca conquistada em vinte anos, o Sistema de Consórcios demonstrou sua força no mercado financeiro, evidenciando a crescente confiança do brasileiro e consequente expansão da presença nos elos da cadeia produtiva”, assegura Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.

Na estimativa de fechamento de um dos melhores anos da modalidade, Rossi, baseado em estudos da assessoria econômica da ABAC, considerou diversos aspectos da economia brasileira. Ao acreditar na possível evolução da inflação com consequente elevação da taxa Selic, e na menor evolução do PIB, o presidente executivo da ABAC, ao analisar a percepção dos executivos do setor refletida no ICSC Índice de Confiança do Setor de Consórcios ao longo do ano, entende que 2025 será um ano de superação de desafios, para crescer e bater novos recordes de adesões, negócios e participantes. “Estimo, que, a exemplo deste ano, o sistema de consórcios possa crescer 8,0% em 2025, ponderando os aumentos de 20,0% para os imóveis, 10,0% para veículos pesados, 6,0% para os veículos leves, 2,0% para as motocicletas, 23,0% para os eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, e 10,0% para os serviços”.

Ao evocar os diversos recordes históricos registrados ao longo de 2024, o presidente apontou ainda que “a ampliação do conhecimento sobre a essência da educação financeira tem sido e continuará sendo um dos principais fatores da demanda, também no próximo ano”, resume.

A presença do consórcio nos elos da cadeia produtiva

Presentes em todos os segmentos da economia brasileira como veículos automotores, que incluem veículos leves, motocicletas e veículos pesados, imóveis, serviços e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, os consórcios têm ampliado gradativamente seu market share setorial. Por decorrência, o mecanismo alavanca e impulsiona a produção industrial, sem gerar inflação.

O consórcio está em setores como o de motocicletas que, somente nos onze meses de contemplações, anotou a potencial aquisição de uma moto a quase cada três comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a possível presença esteve também em um a cada três veículos leves vendidos no país.

Outro exemplo de atuação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, no qual o mecanismo apontou a potencialidade de um a cada três caminhões negociados no mercado automotivo, para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes, com destaque para uso de equipamentos no agronegócio.

A influência do consórcio na economia brasileira tem sido crescente. Pode ser demonstrada pelos totais de créditos liberados e à disposição dos consorciados, como nos mercados de veículos automotores e imobiliário. Nas concessões acumuladas de janeiro a novembro, o Sistema de Consórcios alcançou 28,5% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. Nas de motos, houve 37,6% de provável participação, e no de veículos pesados, a relação somente para caminhões foi de 33,2%.

Nos dez meses iniciais deste ano, o segmento imobiliário apresentou 16,4% de consorciados contemplados em potenciais participações no total de 561,92 mil imóveis financiados, incluindo o consórcio. Aproximadamente houve um imóvel por consórcio a cada seis comercializados.


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