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Aldemar Correia: “O amor ainda faz sentido”

Ele perdeu a visão e quatro dedos, e nos conta e encanta com a poesia viva em homenagem à mãe

06/11/2021 às 20h00 Atualizada em 07/11/2021 às 08h07
Por: Paulo Roberto
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Aldemar Correia
Aldemar Correia

Por Paulo Roberto

Recontando sua história

A humildade e o exemplo de ser humano têm nome: Aldemar da Penha Correia. Uma pequena parte de sua história foi contada em 29/10/2020, e na ocasião publicada no então Informativo Plácido de Castro. Com acréscimos na vida e nos fatos, resolvemos compartilhá-la, a pedidos, nesta data, durante a conversa tida à distância no quintal arborizado de sua residência, do qual exala um aroma peculiar das plantas, hortaliças e frutas que cultiva na Rua Maria Cardoso, no bairro Serraria, quase no centro da cidade da cidade.

Ele é natural de Plácido de Castro, cidadão que alcançou no mês de maio de 2021 55 anos de idade. Você se lembra da voz do Aldemar, da sua presença física, do seu dom de comunicação no rádio e nas marcenarias em que trabalhou? Pois é. Ele não muda o tom tampouco o costume.

Cresceu na colocação Camponesa, às margens do rio Abunã, na Bolívia. Das relações matrimoniais de sua mãe nasceram vinte filhos, sendo três deles socioafetivos.

- Com quatro anos de idade nós saímos da colocação. Por mais que parássemos na cidade, a nossa vida era nos seringais, onde meu pai trabalhava na exploração do corte de seringa.

- Depois que saímos de lá, moramos às margens do rio Rim, na Bolívia, e vários outros às margens do rio Abunã. A partir dos meus vinte anos passamos a ter endereço fixo na cidade. 

Em agosto de 1986 é que a família de Aldemar veio para a cidade de Plácido de Castro. Nessa época eles moravam no rio Mamo.

- Meu pai não se acostumava em morar na cidade. A mãe ficava com a gente, em casa, e ele tocava para os seringais. De vez em quando retornava, mas era nos seringais que ele conseguia sobreviver e manter a família. 

- Nós éramos analfabetos, praticamente, ao chegarmos em Plácido de Castro. Lá não tinha escola e nossa cultura era pouca. Eu fui acolhido no trabalho pelo Aldenor Nunes, hoje renomado e atuante homem do comércio. Ele me deu a primeira oportunidade quando trabalhei em sua marcenaria. 

- Eu aproveitei as oportunidades que apareciam, e por isso exerci funções de marceneiro, padeiro, entre outras. A necessidade nos obrigava a ir à luta.

- Eu tenho três filhos, sendo dois homens e uma mulher. Esses meus moram aqui em Plácido de Castro. O Mateus vive comigo.   

Relata que no exercício da profissão perdeu quatro dedos: dois anelares e dois mínimos, ou seja, Aldemar conviveu, mesmo apesar do amparo a que foi prestado, com sofrimento e dor diante do impacto emocional acometido pelo evento, mas não ampliou esse abalado por mais tempo.  

- Quando eu fiquei bom continuei trabalhando. Era um trabalho que eu gostava de fazer. Consegui um benefício previdenciário e larguei esse tipo de trabalho.

Os cinco sentidos

Depois de vencer a crise depressiva pela perda dos dedos de suas mãos, sobreveio-lhe a cegueira. 

- Eu comecei a sentir muita coceira nos olhos e muita dor de cabeça. Chegou o momento que necessitei de um médico. Veio o tratamento e a doença agrava-se a cada dia. 

- Em Rio Branco me relataram que era problema de glaucoma. Se agravou muito rápido, e em fiz viagem para Goiânia, onde me submeti a duas cirurgias, e não resolveu. 

- Eu vi pouca coisa, na verdade só o vulto. Os médicos lá em Goiânia disseram que eu tinha grau de glaucoma, mas o que aconteceu mais comigo foi um problema de um choque térmico. 

- Eu estava com o corpo muito quente e pulei na água. Eu tava roçando o mato lá no seringal do meu cunhado, no início do mês de março de 2014. E com o corpo aquecido, lembro-me de ter soltado a roçadeira, tirado as botas e me arremessado naquela maravilha de água fria. 

- Naquele dia eu comecei a sentir tonturas associadas a muita dor de cabeça, e a cada dia foi se agravando. 

- O agravo da minha visão foi gradual e rápido ao mesmo tempo. 

- Quando eu adoeci, morava com os meus filhos Wellington, Lilian e Mateus lá no bairro São Cristóvão. 

Aldemar recebe visitas dos demais filhos e dos irmãos que se revezaram no tratamento de sua mãe Maria da Penha Rodrigues, que passou doze anos em coma e faleceu no dia 4 de setembro de 2020.

  • O idoso enfermo sofre demais. É um dia na casa de um filho, outro dia na casa de outro. Durante um tempo a minha filha foi morar em Rio Branco, aí eu e o Mateus nos desdobramos nos cuidados de higienização e alimentação até que outros irmãos apareceram para nos ajudar.  

Aldemar diz que uma de suas irmãs, que mora em Lábrea, no Amazonas, também ajudou no tratamento e na companhia da mãe. Ela, com dificuldades, vinha para Boca do Acre, dirigia-se para Rio Branco e pegava o ônibus para Plácido de Castro, passava sábado e domingo e na segunda-feira voltava. Um final de semana por mês ela fazia isso. 

  • Hoje a criação dos filhos em relação à de outrora eu percebo que é diferente. Naquela época a gente tinha mais amor e mais carinho pelos pais. Hoje tudo mudou. 

  • Eu fui criado num ritmo diferente, e até nos últimos momentos de vida do meu pai e da minha mãe eu me curvei a eles todos os santos dias para lhes pedir a bênção. Hoje os meus filhos me pedem a bênção pela manhã e antes de dormir com a idade que eles têm. 

Até hoje Aldemar aguarda uma cirurgia que lhe foi prometida em março de 2016.  

  • Desde março de 2016 eu não fui chamado. Na verdade eu até perdi o contato com eles da Fundação Hospital do Acre. 

Sobre os afazeres habituais, diz que continuam da mesma forma. Quando o filho Mateus está em casa, ele faz. Quando não, o comando da cozinha é por sua conta. 

- Eu cozinho arroz, feijão... Eu sei os temperos que devo utilizar e onde encontrá-los.

- O que os meninos acham mais interessante é que eu faço café , fervo leite e não deixo derramar. Só que eles ainda não descobriram que eu tenho uma técnica. Se tiver barulho a gente não percebe, mas se tiver silêncio pelo barulho se escuta na hora, e quando isso acontece eu desligo o fogão.

- O café eu já aprendi que mesmo com barulho eu coloco os dedos na aseia da leiteira (alça), e como fica vibrando um pouco na hora que o café vai subir, e então eu desligo e não dá tempo derramar.

- Não tenho a mesma habilidade de antes, mas faço meus trabalhos de casa e com as minhas plantas.  

Relata que logo que adoeceu, percebeu que ia ficar deficiente visual e entrou em depressão. Seus filhos, que eram menores, necessitavam de sua ajuda na provisão dos alimentos, na educação e sobrevivência, já que tudo, aliado ao amor, nunca faltou para eles. E Aldemar entrou em desespero.

- O que eu poderia fazer então na minha vida para ajudá-los? 

- Mas eu iniciei um tratamento com psicólogos aqui de Plácido de Castro, e depois eu fui me colocando e agindo como uma pessoa que não tem problemas, que não é um pobre de fé e de esperança, e jamais na condição de um desesperado ou coitadinho, uma coisa que muito me ajudou.

- Os meus filhos do meu lado foram me incentivando do começo ao fim. O Mateus,que é o mais novo, chegou um dia desses para mim e disse assim: 

- Pai, o senhor não era assim, não se encontrava doente. Hoje o senhor está enfermo. Quero que saiba que aconteça o que acontecer, eu nunca abandonarei o senhor. Pai, eu nunca saio do seu lado.

Isso doeu mais o coração de Aldemar do que o do filho, porque sabe que os pássaros têm asas para voar e que não permanecem no mesmo ninho em condições de sobrevivência, e que apesar da promessa do filho, vive num lugar que ainda não oferece oportunidade de emprego para os jovens como Mateus, que já concluíram o ensino médio, mas ainda tem esperança de que o filho consiga trabalho. 

- O meu filho está sempre na luta, e aguarda a concretização de algumas promessas. Eu me preocupei esses tempos agora porque ele recebeu uma proposta de trabalho lá em Rondônia, numa firma. Se ele for trabalhar lá em Rondônia  - e se for confirmado ele deve ir - porque ele é habilitado e tudo fica fácil para ele conseguir.

- Se ele for chamado, o bicho vai pegar porque terei que ficar só, e isso preocupa tanto a mim quanto a ele. Eu digo pra ele que vá, porque precisa honrar os compromissos e tem que trabalhar. Há 46 anos moramos neste lugar.

Por tudo o que os filhos têm feito a Aldemar, sobretudo em face da promessa de Mateus, diz que se encontra fortalecido, pois encontrou ânimo para viver, sempre procurando não se colocar ou ceder à tristeza, respeitando e reconhecendo o amor e o carinho dos filhos para consigo.

- Hoje eu sou uma pessoa privilegiada por Deus pelos filhos que tenho.

É possível viver sem um dos sentidos?

- Hoje a minha vida é mais dentro de casa. Eu dependo do meu filho para poder ir ao banco, ao comércio, por exemplo, mas eu me sinto feliz por estar vivo, poder sentir o amor e o carinho deles.

- Em nenhum momento os meus filhos me abandonaram. É possível viver na ausência de muitas coisas. Há pessoas que se acham completas com o corpo perfeito e nas imagens que publicam; outras, com riqueza e fantasias. 

  - O que não poderia faltar para o ser humano, e é o que mais nos chama atenção, é a falta de amor e respeito ao próximo, e isso não é preciso ser cego para ver, porque são ações que todos nós ora herdamos dos nossos familiares e muito mais de Deus, pela nossa fé.   

- Tem pessoas que me perguntam se eu sou feliz. Respondo-lhes que sim, graças ao nosso Criador.

- Eu não tenho a visão que eu tinha antes, e nem todos os dedos das mãos, mas mesmo deficiente consigo identificar as boas ações do ser humano, aquilo que de bom que faz pra gente. 

- Hoje eu sou feliz, eu brinco, eu canto, faço todos os serviços da minha casa, utilizo-me perfeitamente dos meus quatro sentidos (audição, paladar, olfato e tato). 

- Eu preparo a comida, limpo o quintal, seleciono as roupas e identifico de que filho essa ou aquela peça pertence. Sinto o cheiro das coisas, identifico muitas pessoas pelas respectivas vozes. 

- A minha vida não mudou em nada. Bem, os sentidos que Deus me deu demonstram que consigo viver muito bem com eles mesmo com ausência da visão, sobretudo porque não idealizo as coisas que um dia as vi, porque simplesmente as conheço. 

- Olhem as minhas plantas lindas e maravilhosas, o meu pé de Capeba, a Babosa, o Vick, a Cajarana, o Coentro, o Boldo, Alfavaca, o Pião Roxo, o Algodão, o Mamoeiro, a Goiabeira, a Graviola, a Pimenta de Mesa, que mais tarde descobri que a chamam Pimenta 3 Corações. Olhe o meu pé de Rambutan, o Crajiru, o Capim Santo, a erva Cidreira, a Chacrona, o meu pé de Cupuaçu, a manga-massa, o Açafrão e as sementes do meu pé de Jatobá, com as quais eu penso, caso prosperem, em devolver à floresta. Olhem a vida florescendo das minhas mãos, porque planto saúde e são várias pessoas que me visitam quase diariamente a pedir um pouco de plantas das quais se fazem chás milagrosos. 

- Eu planto os meus canteiros, limpo e varro o meu quintal, não tem um capim. 

- Eu não peço quase nada a ninguém. Eu acordo às cinco horas da manhã. Ligo o rádio, fico ouvindo música, vou fazer o meu café, lavo roupas, seleciono, limpo a louça e o fogão, vou colocar comida pros meus passarinhos.

- Meu filho Mateus quando se levanta, vai comprar pão. Quando chega, tomamos café, aí começa o dia. 

- Comigo não tem esse negócio de tristeza, não. 

- Esse aí chega pra mim e nós começamos a brincar com ele e o outro. Todos se alegram a todo tempo. Não tem esse negócio de tristeza. 

- Ele é do tipo humorista. Imita pessoas. Observa muito. E diz: - agora quem está falando aqui é o fulano de tal, após observar a pessoa, e faz direitinho. Não tem como não conter o riso diante do meu filho, aqui ou em qualquer lugar onde a descontração é permitida.

Coisa que não falta a Aldemar é o diálogo com os filhos e demais familiares. 

- O meu desejo pela fé que tenho em Deus é de um dia poder enxergar novamente e ver cada sorriso dos meus filhos. 

- Eu tenho um amigo que sempre me visita e diz:

- Aldemar, se Deus te permitisse cinco minutos de visão perfeita pra você ver o que quisesse, o que te interessava ver, o que pediria?

- Ele pensava que eu escolheria me ver cinco minutos na margem de uma praia com muitas mulheres bonitas, desfilando com duas peças.

- Você ficaria satisfeito com isso?

- Não, pois se Deus me der o direito de cinco minutos de visão perfeita, o que eu gostaria de ver seria o rosto e o sorriso de cada um dos meus filhos na atualidade.

- Não existe coisa para chamar mais a minha atenção  - porque eu fui nascido e criado na floresta, nos seringais – pois o que me admira muito é uma noite de luar. 

- Você vê a lua cheia nascendo, o raio de luz adentrando a floresta são coisas que muitas pessoas não dão importância. Mas foi o que eu pedi pra Deus. 

- Se Deus me desse esse direito, eu o dividiria em duas partes: dois minutos e meio para eu ver cada rosto e cada sorriso dos meus filhos, e dois minutos e meio para eu ver a luz da lua clareando.

Rádio, músicas e inspiração  

- A minha identificação com a música foi através do rádio quando morávamos nos seringais. Na época tínhamos muitos programas sertanejos.

- Desde criança eu sempre me identifiquei com música. Quando eu cheguei na cidade, com vinte anos, o meu sonho era ser locutor de rádio.

- Eu me inspirei numa pessoa que já não está mais entre nós. Para mim no Acre ele era o pai dos locutores. Eu o admirava muito e nunca consegui esquecer, inspirei-me nele e trabalhei na rádio por quase vinte anos, inspirado no Jorge Cardoso. 

- Sem o rádio eu fico meio abestalhado.

- Eu já me criei ouvindo música sertaneja através de programas de rádio. Uma música que marcou a minha vida é canarinho prisioneiro - YouTube, do Chico Rey e Paraná. Essa música marcou bastante a minha vida, toquei ela na rádio.

Homenagem prestada à mãe com a precisão e improvisação do momento 

- É um sonho meu. Tenho uma certa facilidade para separar as coisas. Eu estudei uma música, acho que tu se recorda dela, que é Dalvan - Tributo a Um Amigo - YouTube

- Eu comecei a estudar aquela música, a letra e colocando o meu sentimento de filho, porque eu e meus irmãos fomos nascidos e criados no seringal. A gente andou muito. E isto está apenas na minha memória, e essa homenagem desejo prestar aqui e noutra oportunidade que me derem por ocasião de algum evento importante da cidade.

- E o meu sentimento foi colocado nessa homenagem sobre os lugares que andamos. A música começa assim: “Não vai ser fácil meu amigo, eu bem sei, vai ser difícil prosseguir sem a tua ajuda… E é no sentimento e carinho que tive por minha mãe que encontrei nessa música a inspiração desta homenagem. Eu fiz mais ou menos assim:

“Não vai ser fácil, minha amiga, eu bem sei

Vai ser difícil prosseguir sem tua ajuda

Quantas batalhas nós vencemos lado a lado 

De repente e simplesmente silenciou o teu mundo

Quando ecoar a minha voz chamando a sua nas matas ou na rua aonde a gente andou

Quanta saudade da parceira e velha amiga onde você estiver sei que vai estar comigo 

Depois das nuvens, muito além do infinito, no lugar bem mais bonito 

Mãe, sei que tu deves está agora 

Enquanto aqui na terra a luta continua 

Eu sinto tanto a falta sua mas é Deus que faz a hora 

Recomeçar tudo através sei que é preciso 

Seguir em frente sem poder contar contigo 

Eu vou ao circo assistir ao espetáculo 

Mas para vencer os obstáculos mãe tua força eu preciso 

Quando ecoar a minha voz chamando a sua nas matas ou na rua aonde a gente andou

Quanta saudade da parceira e velha amiga onde você estiver sei que vai estar comigo 

Depois das nuvens, muito além do infinito, no lugar bem mais bonito

Mãe, sei que tu deves está agora 

Enquanto aqui na terra a luta continua

Eu sinto tanto a falta sua mas é Deus que faz a hora

Extraordinários versos de amor filial de um homem que não perdeu o amor pela mãe que se foi, e mesmo sem a visão guarda no único arquivo da memória o delineamento da pronúncia declamada ou cantada a qualquer hora que necessitar, pois é a partir do sentimento, como diz, que tudo acontece com a inspiração.  

Aldemar agradece a Deus pela família que tem, e roga a Deus pela proteção e conforto das famílias que perderam seus entes queridos no enfrentamento da doença do coronavírus e em todos os eventos que resultou na fatalidade, como na morte da cantora Marília Mendonça e de todos que a acompanhavam no voo de Goiás para a cidade de Caratinga-MG, ontem, dia 5/11/2021, destacando a música que, para ele, na voz dela ficou show de bola (Trio Parada Dura - Aceita Que Dói Menos (Ao Vivo) ft. Marilia Mendonça - YouTube). 

E conclui dizendo que a maioria das pessoas que o procuram são reconhecidas pela voz, ou seja, sua audição é perfeita. E que quando digo que me sinto feliz ao reencontrá-lo e vê-lo, com a mesma intensidade diz estar feliz por me ouvir e me cumprimentar. 

      Agradeço a Aldemar pela oportunidade de compartilhar todos esses momentos com atos e verdades a suprir o ser humano com ações e dons que Deus deu.

 

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