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Morre Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato

Relatos de ex-diretor da Petrobras ajudaram a investigação a chegar ao esquema de corrupção que envolvia partidos

14/08/2022 às 14h15
Por: Informativo Plácido Fonte: Revista Oeste
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Paulo Roberto Costa foi um dos pivôs de desvios de dinheiro na Petrobras | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Paulo Roberto Costa foi um dos pivôs de desvios de dinheiro na Petrobras | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Morreu no último sábado, 13, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, aos 68 anos. O executivo foi o primeiro delator da Operação Lava Jato, deflagrada em 2014, e começou a ajudar a investigação sobre práticas de corrupção dentro da estatal.

Paulo Roberto Costa tratava de um câncer e morreu no Rio de Janeiro. Engenheiro mecânico formado na Universidade Federal do Paraná, o executivo entrou na Petrobras em 1977 por meio de concurso.

Na condição de diretor de Abastecimento da Petrobras, Costa ajudou a instrumentalizar esquema de desvio de dinheiro da empresa. Posteriormente, na Lava Jato, foi condenado a mais de 70 anos de prisão em processos do caso em Curitiba, mas deixou a cadeia devido a seu acordo de colaboração.

Em 2014, a apuração policial chegou a Costa depois de descobrir que o doleiro Alberto Youssef havia comprado um automóvel Land Rover para o executivo. A partir desse ponto, a Petrobras passou a figurar no centro das investigações.

Entre 2004 e 2012, Costa dirigiu a área de Abastecimento da Petrobras, durante os governos petistas de Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Sua escolha partiu de então aliados do Progressistas (PP).

Dilma e Lula

Durante a campanha presidencial de 2014, os depoimentos de Paulo Roberto Costa atingiram a tentativa de reeleição de Dilma Rousseff. O diretor relatou que um cartel de empreiteiras foi formado nos negócios da Petrobras e que havia pagamento de propina, sendo parte destinada aos executivos da estatal e parte aos partidos políticos, incluindo PT, PMDB e PP.

O ex-diretor da Petrobras foi solto em maio de 2014, mas voltou a ser detido devido a informações enviadas da Suíça sobre contas usadas para receber propina. Em agosto daquele ano, acabou aceitando colaborar com as autoridades, sob o compromisso de devolver dinheiro que estava no exterior, em valores superiores a US$ 25 milhões.

Adiante, Costa ficou cinco meses detido no Paraná e mais um ano em prisão domiciliar no Rio de Janeiro. Em 2015, partiu para o regime semiaberto, em Petrópolis (RJ).

O nome de Paulo Roberto Costa aparece 46 vezes na sentença do ex-juiz Sergio Moro que condenou Lula à prisão em 2017. O executivo foi ouvido como testemunha no processo. Um relato do ex-diretor ajudou a acusação a embasar a tese de que a empreiteira OAS tinha uma espécie de conta corrente com o PT da qual o ex-presidente da República teria se beneficiado.

 

 

 

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