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Empresário do ramo de extintores apontado como chefe de facção no Acre pega mais de 37 anos de prisão

Erico Batista de Souza foi condenado a mais de 37 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele e outras oito pessoas foram denunciados pelo Gaeco, do MP-AC.

05/06/2023 às 16h27
Por: Informativo Plácido Fonte: G1/Ac
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Empresário acreano foi condenado a mais de 37 anos de prisão — Foto: Arquivo pessoal
Empresário acreano foi condenado a mais de 37 anos de prisão — Foto: Arquivo pessoal

O empresário do ramo de venda de extintores, apontado como chefe de uma facção criminosa no Acre, Erico Batista de Souza, foi condenado a mais de 37 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além dele, outras oito pessoas também foram condenadas pelos crimes.

Em penas somadas, a quadrilha pegou mais de 93 anos de prisão após ser denunciada à Justiça pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre (MP-AC).

Em dezembro de 2021, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da Operação Héstia, que cumpriu 47 ordens judiciais para tentar prender Erico de Souza, que, segundo as investigações, ostentava uma vida de luxo na Comunidade Maré, no Rio de Janeiro.

A ação foi feita pela força-tarefa de Segurança Pública do Acre, composta pelas polícias Federal, Civil e Militar. Entre os mandados cumpridos, 37 foram de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva nas cidades acreanas de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Epitaciolândia, além do Rio de Janeiro, Natal (RN) e Boca do Acre, no Amazonas.

Na época, os policiais foram até a Comunidade Maré, no Rio de Janeiro, para cumprir dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão expedidos pela Justiça acreana. No entanto, ao chegarem na entrada da comunidade, foram recebidos a tiros. Durante a ação, os policiais apreenderam um fuzil, carregadores de fuzil, uma pistola, munições, granada, drogas e rádios comunicadores.

Souza foi preso na ação. Em agosto de 2022, o empresário chegou a ter um pedido de habeas corpus negado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.

O MP-AC denunciou 15 pessoas, entre elas empresários do estado acreano, pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e usura. Nove acusados já foram julgados e condenados pela Vara de Delitos de Organização Criminosa.

Em dezembro de 2021, polícia cumpriu mandados no AC e mais três estados contra organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico — Foto: Arquivo/PF-ACEm dezembro de 2021, polícia cumpriu mandados no AC e mais três estados contra organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico — Foto: Arquivo/PF-AC

Operação

Para combater a organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico de drogas e que atuava no Acre e mais três estados brasileiros, a polícia deflagrou a Operação Héstia.

A investigação começou em janeiro de 2021 e revelou um esquema responsável pela administração de valores obtidos de fontes ilícitas, no caso o tráfico de drogas que eram movimentados através de empresas “laranjas”. O objetivo do grupo criminoso era ocultar bens e valores, dissimular a origem do recurso e reinserir esses valores no mercado com aparência de legalidade.

Para lavar o dinheiro, o grupo, que, segundo a polícia, era liderado pelo empresário acreano Erico Batista de Souza do ramo de venda de extintores, usava sete empresas sediadas em Rio Branco, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul a fim de simular o funcionamento regular dos estabelecimentos e justificar os valores e bens obtidos com o lucro do tráfico interestadual de drogas.

Ainda segundo a polícia informou na época, o grupo praticava lavagem de dinheiro, pelo menos, desde 2014. O primeiro ato de lavagem deles foi identificado pela transferência de um veículo de luxo de Natal para Rio Branco.

Ainda conforme a polícia, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 43 milhões em suas contas bancárias durante o período investigado, grande parte através de transações em espécie, inclusive para o exterior e investimentos em gado e imóveis. Ao todo, foram bloqueados judicialmente mais de R$ 19 milhões em bens da organização criminosa.

 

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