Sócrates foi um dos filósofos mais influentes da Grécia Antiga. Graças à sua natureza interrogativa, ele aparece ao lado de Platão, Aristóteles e Epicuro como uma das grandes mentes do mundo antigo. Porém, ele também foi uma figura controversa em sua época e, embora tivesse muitos seguidores, também despertou a ira de muitos outros.
Aos 70 anos, Sócrates foi levado a julgamento e acusado de impiedade ou falta de reverência aos deuses gregos, além de corromper a juventude ateniense. Então, ele acabou sendo condenado à morte por envenenamento por um júri formado por seus colegas de Atenas. Conheça mais sobre sua história!
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Nascido em 470 a.C. em Atenas, na Grécia, Sócrates foi um dos três pensadores mais influentes da antiguidade clássica, ao lado de Platão — seu aluno — e Aristóteles. Embora ele e suas ideias tenham sido ridicularizadas durante sua vida, a filosofia criada por ele perdurou por milhares de anos.
Mesmo sendo reverenciado como um grande pensador, ele afirmou que nunca procurou ensinar nada. Afinal, "Eu só sei que nada sei" é uma de suas frases mais emblemáticas. Em vez disso, Sócrates era conhecido pelo célebre "método socrático" de se envolver em conversas públicas e orientadas por perguntas sobre uma diversidade de assuntos como a natureza da justiça, da virtude e da sabedoria.
Contudo, em uma Atenas obcecada pela beleza e pelo status, Sócrates se destacava por sua feiura física e desinteresse em acumular poder, rejeitando muitas ideias acalentadas pelos atenienses, como a democracia grega. Com isso, despertou a antipatia de muitas pessoas influentes naquele tempo, o que acabou causando sua morte.
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Além de fazer seus colegas atenienses parecerem crianças em debates, Sócrates também tomou uma série de decisões que podem ter causado sua morte em 399 a.C. Enquanto servia na assembleia da cidade após a Guerra do Peloponeso, ele sozinho se opôs a levar a julgamento os generais atenienses que não conseguiram recuperar seus mortos no campo de batalha.
Em 409 a.C., o filósofo também ficou sozinho quando se recusou a participar da prisão e execução de um homem chamado Leão de Salamina. Para piorar o cenário, Atenas havia mudado e tornou-se menos tolerante com o estranho filósofo e sua aparência desleixada. As ideias do pensador sobre o individualismo assumiram subitamente um tom sinistro para muitos atenienses.
Além disso, Sócrates passou a falar com mais frequência com os jovens de Atenas, que muitas vezes pegavam suas ideias e as usavam contra as gerações mais velhas. Por conta disso, também foi acusado de "corromper a juventude".
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No final das contas, Sócrates foi levado a julgamento pelos dois crimes: corromper a juventude e impiedade. Embora ele tenha montado uma defesa vigorosa, conforme documentado por Platão, ele não conseguiu convencer o júri de 500 homens da sua inocência. Eles votaram para condená-lo por 280 votos a favor e 221 contrários.
O antigo sistema ateniense também permitia que os réus sugerissem suas próprias punições. Sócrates, brincando, disse primeiro que deveria ser recompensado. Foi lhe dado a opção de se exilar da cidade, mas ele preferiu permanecer e aceitar o veredito final.
Por fim, o filósofo recebeu um copo de veneno — provavelmente feito com uma planta altamente venenosa relacionada à salsa — e teve que acabar com sua própria vida aos 70 anos, odiado por muitos de seus concidadãos. De qualquer forma, seu nome resistiu à história e até hoje é cultuado por sua sabedoria.
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