O livro "VÍRUS MORTAL: Os hospitais privados paulistas, o SindHosp e a pandemia da covid-19" será lançado na segunda-feira, dia 18 de março, às 19h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Pauloa trajetória e as iniciativas do SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo durante a pior crise sanitária em 120 anos.
Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e da FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, o Sindicato assumiu o papel de entidade cidadã ao tomar essa iniciativa, ultrapassou os limites do corporativo e realizou um amplo trabalho de utilidade pública. “Contribuímos com informações à imprensa, aos gestores públicos e privados e à população, visto que as informações produzidas pelo setor público eram contraditórias”, destaca. Foram mais de 10 mil matérias veiculadas na imprensa nacional no período a partir dos boletins do SindHosp.
Pesquisa SindHosp e crise sanitária
Mesmo com a experiência de mais de 80 anos à época, o SindHosp se deparou com uma crise de proporções inimagináveis e desafios até então inéditos. Para manter a opinião pública informada sobre a realidade vivenciada pela rede privada de saúde paulista no enfrentamento ao novo coronavírus (os dados até então eram restritos à realidade do setor público) e tentar transformar em números e estatísticas as dificuldades enfrentadas pelos hospitais na assistência aos doentes, o Sindicato começou a realizar pesquisas junto ao setor representado.
Os 30 levantamentos sobre a situação da Covid-19 nos hospitais privados paulistas, realizados entre 2020 e 2022, permitiram acompanhar, por exemplo, as curvas ascendentes e descendentes das taxas de ocupação dos leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), do tempo médio de internação, faixa etária dos internados, problemas paralelos vivenciados pelas instituições hospitalares, entre outros indicadores.
Com os resultados, o SindHosp buscou resolver no menor tempo possível os problemas enfrentados pelos hospitais durante a pandemia. Além dos resultados e gráficos comparativos das pesquisas realizadas pelo SindHosp ao longo da pandemia, o livro traz um raio-X da crise, como sua evolução e involução, a situação da assistência hospitalar no início do surto, o papel dos hospitais de campanha, o represamento assistencial, o desenvolvimento das vacinas, os impactos sociais e econômicos, detalha a Proposta Saúde São Paulo e mostra a importância dos movimentos solidários que fizeram a diferença em prol da população mais vulnerável.
O livro traz depoimentos de algumas personalidades, como do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; do ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro; do presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes; da pesquisadora e membro da Academia Nacional de Medicina, Margareth Pretti Dalcolmo; da diretora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Eloisa Bonfá; e do CEO da Rede D’Or, Paulo Moll.
O objetivo do Sindicato com a publicação é preservar a memória dos acontecimentos da pandemia para que as informações não se percam, contribuir para o aprimoramento do SUS, fomentar o desenvolvimento do setor privado de saúde, promover o desenvolvimento do parque industrial e tecnológico do país através de políticas públicas que insiram o setor saúde em uma agenda de desenvolvimento econômico e social e, sobretudo, promover a integração público-privada da saúde.
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