Nesta quarta-feira, 9, a Justiça do Acre emitiu um mandado de prisão contra o professor R.S., sem idade revelada, acusado de envolvimento em um estupro coletivo que teria vitimado alunas menores de idade da rede pública de ensino da cidade de Acrelândia, acerca de 32 quilômetros de distância de Plácido de Castro. O caso, que causou grande comoção local, veio à tona após denúncias feitas pelas vítimas e seus familiares.
De acordo com a Polícia Civil, o professor é suspeito de ter participado ativamente do crime, que envolveu outras 9 menores que também denunciaram os investigados as autoridades. Sob a coordenação do delegado Dione Lucas, a investigação durou mais de seis meses e trouxe à tona a extensão do abuso. apontando que o professor teria usado de sua posição de autoridade para cometer os atos, facilitando o acesso às vítimas. Um outro servidor da mesma instituição de ensino também foi indiciado. Ambos seguem foragidos.
No âmbito das investigações, a Polícia Civil representou judicialmente pelo afastamento dos servidores por 120 dias, no entanto, informações indicaram que o Coordenador Estadual de Ensino em Acrelândia descumpriu a ordem judicial ao reintegrar clandestinamente um dos investigados às suas funções. O delegado pontuou que tal atitude não apenas comprometeu o curso das investigações, como também destacou um preocupante uso da máquina pública para encobrir e proteger os predadores.
O abuso de poder por parte dos investigados era manifesto, as notas escolares e outros benefícios acadêmicos eram manipulados em troca de favores sexuais, e servidores da escola foram coagidos a manter relações sexuais sob ameaça de retaliação em suas funções.
As autoridades continuam realizando diligências na tentativa de localizar o professor, que até o momento está foragido. Além disso, outras pessoas podem ser indiciadas à medida que novos detalhes surjam.
A comunidade de Acrelândia, cidade com pouco mais de 15 mil habitantes, está profundamente abalada com o ocorrido. Pais de alunos da escola onde o professor lecionava expressaram indignação e exigem que os responsáveis sejam punidos. Este caso, de profundo impacto social, ressalta a vulnerabilidade dos jovens em espaços que deveriam ser de segurança e aprendizado.
As jovens estão recebendo acompanhamento psicológico e assistência das autoridades competentes. O caso gerou um debate sobre a vulnerabilidade de menores em ambientes escolares e a importância de políticas mais eficazes de proteção e monitoramento.
"A Polícia Civil do Acre faz um apelo à comunidade para que se una no combate a essa prática criminosa. Nenhum pai ou mãe envia seus filhos para a escola esperando que eles sejam molestados por aqueles que deveriam protegê-los e educá-los”, enfatizou o delegado geral da PCAC, José Henrique Maciel.
A Polícia Civil reafirma seu compromisso de garantir a punição de todos os envolvidos e convoca outras possíveis vítimas a colaborarem com as investigações, garantindo a proteção integral dos direitos das crianças e adolescentes.
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