O ator Paul Teal, mais conhecido por seu papel na série “One Three Hill”, morreu aos 35 anos na última sexta-feira (15) por conta de um câncer no pâncreas. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 10 mil novos casos da doença foram diagnosticados apenas no período de um ano, em 2022.
O pâncreas é um órgão localizado na parte superior do abdômen, e é responsável por produzir os sucos digestivos que serão enviados para o intestino e também o hormônio insulina, que controla a glicose no sangue.
O câncer no pâncreas ocorre quando um tumor maligno se desenvolve no órgão. A doença é considerada de alto risco, principalmente pela dificuldade de obter um diagnóstico precoce.
Existem fatores hereditários e não hereditários para o desenvolvimento do câncer de pâncreas.
Os fatores de risco hereditários, responsáveis pela menor parcela de casos (cerca de 10% a 15%), são:
Já os fatores de risco não hereditários costumam ser passíveis de modificação, já que se relacionam ao estilo de vida em sua maior parte. Dentre eles estão:
Trabalhadores de manutenção predial, da indústria de petróleo e agricultores também costumam estar expostos a substâncias relacionados à ocorrência de câncer de pâncreas – como solventes, tetracloroetileno, estireno, cloreto de vinila, epicloridrina, HPA e agrotóxicos – e apresentam maior risco de desenvolver a doença.
Os principais sintomas que podem indicar câncer no pâncreas são:
O fato destes sintomas não serem específicos do câncer de pâncreas e estarem associados a uma variedade de doenças diferentes contribui para que boa parte dos casos recebam diagnóstico tardio da doença.
É importante ressaltar que o diagnóstico de diabetes, que atua como fator de risco para a doença, também pode anteceder a descoberta do câncer.
Para confirmar o câncer de pâncreas, é preciso realizar exames de imagem – como ultrassonografia (convencional ou endoscópica), tomografia computadorizada, e ressonância magnética – ou exames de sangue, incluindo a dosagem do antígeno carboidrato Ca 19.9.
É o laudo obtido após uma biópsia de material que define o diagnóstico de neoplasia (o crescimento de um tumor).
O tratamento depende do tipo de tumor e da avaliação médica do paciente.
A cirurgia de retirada do tumor é o único método capaz de oferecer uma chance de cura, mas é possível em uma minoria dos casos, já que o diagnóstico costuma ser feito quando a doença já está em fase avançada.
Quando a cirurgia não é possível, a radioterapia e a quimioterapia são as opções disponíveis.
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