Idos de março de 44 aC, Conta-se que a noite anterior ao sono de César e Calpúrnia foi atormentada por pesadelos: o primeiro de fato sonhava em voar e pairar no céu tão alto que apertava a mão de Júpiter; o segundo viu, em vez disso, as portas dos quartos inundadas pela luz do sol.
O fato é que assim que César acordou, como um bom romano supersticioso, resolveu adiar a sessão do Senado marcada para aquele 15 de março, porém foi seu amigo Décimo Bruto Albino, um dos conspiradores, quem o convenceu a manter a fé em seus compromissos para não ofender os senadores.
No caminho de casa para a Cúria, no meio da multidão de postulantes, um grego aproximou-se de César e deixou-lhe nas mãos uma mensagem avisando-o do perigo iminente, mas distraído pela multidão, César não conseguiu ler aquele folheto, tanto que que quando chegou ao Senado ainda o tinha nas mãos.
O momento fatídico ocorreu quando ele se sentou no banco com os conspiradores que o cercavam para lhe prestar homenagem:
Tullio Cimbro, com a desculpa de apresentar-lhe um apelo, aproximou-se dele agarrando uma ponta de sua túnica e foi naquele momento que Casca deu a primeira facada.
Cesare teve tempo de gritar: "Ista quidem vis est!" ou seja, essa é a violência que, como piranhas enfurecidas pelo sangue, os outros assassinos se lançaram sobre ele, cada um desferindo um golpe com sua própria adaga.
Segundo a tradição, ao perceber que seu afilhado Marco Brutus estava entre os conspiradores, exclamou: "Tu quoque, fili mi!".
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