A evolução nem sempre é um processo amigável para os seres vivos, uma vez que apenas favorece mutações que ajudam os indivíduos a transmitir genes. Esse fenômeno natural pode levar a existência de alguns dos animais mais magníficos que conhecemos por aí, mas também pode criar seres parasitários assustadores e sorrateiros.
Os parasitas, inclusive, estão por todas as partes. Quase todas as espécies que evoluíram no mundo terão outra espécie que evoluiu o equivalente para se prender nela e roubar seus nutrientes. Quer saber mais sobre esses terríveis seres? Veja só cinco truques bizarros usados pelos parasitas para atrair e ludibriar seus hospedeiros!
1. Controle mental
(Fonte: Getty Images)
Um dos parasitas mais famosos dos últimos anos é o fungo Cordyceps, que serviu de inspiração para os zumbis infectados da série The Last of Us, da HBO. Esse parasita não só se alimenta de formigas e outros insetos, como possuem a capacidade de controlar a mente de seus hospedeiros.
Ao liberar sinais químicos para o cérebro dos animais, o Cordyceps força as formigas a subirem em plantas, onde o fungo poderá matar o hospedeiro e florescer. Depois de comer todos os nutrientes do cadáver, o parasita libera esporos na natureza, que cairão sobre outras formigas e iniciarão um próximo ciclo de reprodução.
2. Falso parentesco
(Fonte: Getty Images)
Para conseguir sobreviver na natureza, a Grande Borboleta Azul começa sua vida enganando formigas para que elas cuidem dela. Essa espécie de inseto evoluiu para que seus filhotes se pareçam com as larvas das formigas myrmicas e tenham até mesmo o mesmo cheiro.
Uma vez que as larvas da borboleta eclodem e caem perto de um ninho de formigas, elas precisam esperar que uma formiga desavisada apareça. Acreditando ter achado várias larvas de formiga, o ser parasitado as arrasta para dentro de seu ninho — onde as borboletas azuis serão alimentadas e cuidadas até estarem prontas para emergir.
3. Atraindo predadores
(Fonte: Getty Images)
Pelo fato de estarem constantemente rastejando pelo chão, os caracóis são presas fáceis para o parasita psicodélico Leucochloridium paradoxum. Este verme parasitário invade seu hospedeiro e lentamente consome 20% de seu corpo. Em seguida, ele acaba empurrando as hastes oculares de suas vítimas para que essas protuberâncias em movimento chamem mais atenção de predadores.
O parasita chega a mudar o comportamento do caracol para que ele permaneça em locais iluminados e exposto aos ataques. Depois que o caracol é finalmente atacado por uma ave, o verme migra para o trato digestivo do próximo hospedeiro e começa a botar ovos, que serão distribuídos pelo chão através do cocô dos pássaros.
4. Transformando medo em desejo
(Fonte: Getty Images)
O parasita Toxoplasma gondii é responsável por infectar milhões de seres humanos todos os anos, causando a toxoplasmose. O objetivo desse protozoário, no entanto, é parar dentro do corpo de algum felino, onde ele poderá se reproduzir com mais eficiência. De todo modo, qualquer animal de sangue quente pode ser hospedeiro do toxoplasma.
É comum que os esporos do toxoplasma sejam deixados para trás nas fezes dos gatos e ingeridos acidentalmente por ratos correndo pelo chão. Então, para voltar ao seu hospedeiro primário, o parasita muda o comportamento dos roedores para que eles sejam facilmente atacados por um felino. Ratos infectados têm menores níveis de ansiedade e exploram mais, tornando-os alvos fáceis para a predação.
5. Substituir órgãos
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em geral, a maioria dos parasitas gosta de manter um perfil discreto para não serem combatidos pelos hospedeiros. No entanto, o Cymothoa exigua possui uma metodologia bastante clara para roubar sua vítima. A larva desse piolho entra em peixes através das guelras e segue até a boca.
Lá, ela morde a língua do animal e fecha todos os vasos sanguíneos. O órgão automaticamente começa a apodrecer e cai. O piolho, então, sobe no toco do que era a língua e, para todos os efeitos, assume a função do órgão que falta. Dessa forma, ele pode passar o resto da sua vida comendo um pouco do que o peixe consume e até mesmo do muco produzido pelo animal.
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