Após coordenar um inédito pouso bem-sucedido no polo sul da Lua, a agência espacial indiana tem planos para explorar o 'lado escuro'. Se acertar novamente, os cientistas começariam a solucionar um mistério de 4 bilhões de anos, ainda escondido nas crateras do satélite.
A missão Chandrayaan-3 decolou do Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, na Índia, no dia 14 de julho e pousou nesta quarta-feira (23).
Os cientistas iniciaram a liberação de dois rovers (veículo de exploração espacial) para explorar as características físicas da superfície da Lua, a atmosfera próxima e a atividade tectônica para estudar o que acontece abaixo da superfície.
Enquanto isso, a sonda Vikram realizará mais pesquisas e, segundo os astrônomos, pode ajudar a humanidade a entender detalhes da formação de nosso satélite e do planeta.
A Dra. Becky Smethurst, astrofísica da Universidade de Oxford, disse que as sondas tentarão explorar um registro fossilizado perfeito da história da Lua no fundo das crateras lunares.
"A razão pela qual o polo sul da Lua é tão excitante é porque tem crateras de impacto muito profundas, cujo fundo está permanentemente protegido da luz solar" explicou Becky, em entrevista ao tabloide britânico Daily Star.
Pode haver água na Lua | PIXABAY
Os pesquisadores afirmaram que, se gelo for descoberto no interior da Lua, isso será uma relíquia de impactos com cometas nos primeiros dias do Sistema Solar. Além de praticamente comprovar que a água na Terra também é proveniente de um grande número de colisões com asteroides.
Os pesquisadores afirmaram que, se gelo for descoberto no interior da Lua, isso será uma relíquia de impactos com cometas nos primeiros dias do Sistema Solar. Além de praticamente comprovar que a água na Terra também é proveniente de um grande número de colisões com asteroides.
Os recursos naturais presentes no satélite também podem gerar uma nova acirrada corrida espacial, como afirmou Yury Borisov, chefe da agência espacial russa Roscosmos.
Mín. 22° Máx. 31°