4 genocídios esquecidos na História

O termo genocídio foi determinado a partir da Convenção das Nações Unidas em 1948, e define crimes cometidos com a intenção de destruir um grupo nacional, étnico, racional ou religioso. Muitos povos passaram por essa situação desumana ao longo dos séculos, mas alguns desses massacres foram praticamente esquecidos.

Neste texto, compartilhamos 4 histórias de genocídios que merecem ser lembrados para que nunca mais se repitam.

1. O genocídio dos hererós e namáquas

(Fonte: Wikipedia)

Entre os anos de 1904 e 1908, ocorreu o genocídio dos hererós e namáquas no território onde hoje se localiza a Namíbia. Morreram cerca de 65 mil hererós e 10 mil namáquas pelas mãos das forças militares alemãs.

O conflito foi desencadeado quando os hererós iniciaram uma rebelião armada contra a força colonial alemã. A princípio, os colonizadores foram pegos de surpresa, mas, como tinham uma melhor organização e armamento superior, acabaram massacrando o povo africano.

No início, houve uma tentativa de negociação por parte dos alemães com os insurgentes. Mesmo assim, o tenente general Lothar von Trotha deu a ordem para que se erradicasse completamente a população nativa, resultando em uma batalha brutal. Trotha mandou exterminar todos os homens hererós, e as mulheres e crianças deveriam ser levadas para campos de concentração. Lá, elas vivenciaram experiências horríveis.

2. Aktion 4

(Fonte: Wikipedia)

Aktion T4 foi o nome dado para o programa de eugenismo e eutanásia executado pelos nazistas antes do início da Segunda Guerra Mundial. Ele foi iniciado pelo próprio Adolf Hitler em 1939, e buscava eliminar todas as pessoas que fossem consideradas "incuravelmente doentes, através de exame médico crítico". Entre elas, estavam bebês, crianças e pessoas com deficiências.

Os médicos alemães do T4 decidiam quem era "indigno de viver" e enviavam essas vítimas para seis instituições na Alemanha e na Áustria, onde elas eram executadas com câmaras de gás e injeções letais. 

Calcula-se que 200 mil pessoas foram mortas no Aktion T4 entre 1940 e 1945. O programa ainda serviu como modelo inicial para o assassinato em massa de judeus, ciganos, e todos que foram considerados inimigos do estado pelos nazistas.

3. Genocídio do Timor-Leste

(Fonte: Wikipedia)

Entre 1975 a 1999, a República Democrática de Timor-Leste, localizada no sudeste da Ásia, foi cenário de um genocídio terrível após a invasão e ocupação da Indonésia. Neste tempo, as forças invasoras cometeram atrocidades abomináveis contra a população local, o que incluía assassinatos, sequestros, violência sexual e torturas de todos os tipos.

Ainda assim, o governo indonésio enquadrou essa repressão como uma "campanha de pacificação" de um país em chamas. Mais tarde, o campo acadêmico entrou em um consenso de que realmente se tratava de um genocídio.

No total, cerca de 20 mil pessoas foram assassinadas, mas estima-se que mais de 180 mil tenham morrido após o fim do conflito devido à fome, doenças e outros fatores decorrentes do massacre. Isso totaliza na dizimação de cerca de 30% da população local, fazendo com que muita gente classificasse esse genocídio como o pior depois do Holocausto.

4. Genocídio em Bangladesh

(Fonte: Wikipedia)

Em 1947, a Índia, que era até então uma colônia do Reino Unido, se tornou independente. O território foi dividido entre Índia e Paquistão. A parte do Paquistão Oriental, que hoje é Bangladesh, sofreu um grande ressentimento pelas perdas enfrentadas, fazendo com que a população local se levantasse em um motim. 

A resposta a essa revolta se tornou um dos piores genocídios do século XX. O exército do Paquistão organizou a Operação Searchlight para massacrar os insurgentes. Mais de 10 milhões de pessoas fugiram do país por conta da opressão terrível, que envolveu matanças e violações brutais. No total, mais de 3 milhões de cidadãos morreram.