Conhecido como o "Açougueiro de Plainfield", Ed Gein foi um dos serial killers mais perversos e famosos da história. Além de um assassino brutal, ele também era um ladrão de túmulos e usava partes do corpo de suas vítimas para fabricar móveis e roupas. Seus crimes ficaram tão conhecidos que serviram de inspiração para alguns dos filmes de terror mais conhecidos de todos os tempos.
Entre as obras que se inspiraram em Gein está Psicose (1960). Contudo, pode-se dizer que esse famoso filme não foi apenas inspirado na saga do serial killer, como também na história de sua mãe, Augusta Wilhelmine Gein.
A vida de Augusta Gein
(Fonte: Reprodução)
Nascida em 1878, Augusta Wilhelmine Lehrke cresceu em uma família de oito filhos de pais imigrantes alemães da Prússia, que acabaram se estabelecendo na cidade de La Crosse, nos Estados Unidos. Vale ressaltar que a fé Antiga Luterana, na qual eles foram criados, era muito mais conservadora do que a fé luterana dominante.
Logo, eles acreditavam que todos os humanos estavam cheios de pecados. Por volta de dezembro de 1900, quando tinha 22 anos, Augusta casou-se com George Gein, de quem herdou o sobrenome e com quem teve dois filhos: Henry e Ed. Em 1915, Augusta decidiu ir embora de La Crosse e levou sua família para Plainfield, uma cidade rural.
Nessa casa isolada, ela acreditava que poderia criar os jovens filhos longe do pecado para se tornarem homens puros. Porém, tudo se complicou quando George Gein morreu em 1940. Augusta mostrou pouca preocupação com a morte do marido, atribuindo a sua morte à sua fraqueza e natureza pecaminosa.
Com isso, ela passou a ter controle total sobre a casa e sobre a vida do filho mais novo Ed, fiel devoto a ela. Henry, por sua vez, não possuía nem perto a mesma conexão que seu irmão tinha com a mãe e sempre foi visto como rebelde. Em maio de 1944, o filho mais velho foi encontrado misteriosamente morto no meio da mata próximo à casa da família.
Morte misteriosa
(Fonte: Bettmann/Getty Images)
Um fato estranho sobre a morte de Henry é que Ed disse à polícia que os dois estavam limpando o excesso de vegetação em um campo próximo queimando o mato. Porém, durante a ação, os dois se perderam de vista. Curiosamente, Ed levou as autoridades diretamente ao corpo do irmão.
Ainda mais estranho, o cadáver de Henry não apresentava quaisquer sinais de queimadura e sua cabeça estava gravemente machucada. A morte de Henry foi listada como asfixia pelo legista, uma vez que os polícias não julgaram que Ed fosse um homem capaz de cometer assassinato.
No entanto, não foi isso que o restante da sua vida demonstrou. Pouco depois da morte de Henry, Augusta adoeceu e acabou falecendo aos 67 anos. Isso levou Ed à loucura, fechando o quarto e a sala de estar de sua mãe com tábuas para preservar seu cadáver. À medida que seu luto aumentava, Ed Gein começou a ter visões estranhas.
Surgimento de um assassino
(Fonte: John Croft/Star Tribune/Getty Images)
Completamente inconsolável pela morte da mãe, Ed disse que se sentiu obrigado a visitar o cemitério onde sua mãe foi enterrada. Foi lá que ele começou a desenterrar cadáveres, começando pelo de Augusta. Um "hobbie" do assassino era examinar obituários de mulheres recentemente falecidas que se pareciam com sua mãe e roubar partes de seus corpos.
Como contou para a polícia, posteriormente, ele fazia isso na esperança de criar um "traje de mulher" para poder "tornar-se" sua mãe. Além do traje macabro, Ed Gein também criou inúmeras peças de mobília a partir desses corpos, incluindo abajures, cadeiras e tigelas. Eventualmente, o serial killer passou a atacar mulheres vivas e adicionar partes de seus corpos a sua horrível coleção doméstica.
Gein só foi preso em 1957, permanecendo o resto da sua vida em um hospício, até morrer em 1984. Embora o assassino permaneça sendo mais famoso do que a sua mãe atualmente, é inegável notar que a sua obsessão perturbadora por Augusta e os métodos controladores que ela adotou em sua infância alimentaram sua onda de assassinatos brutais e roubos de túmulos.
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