O renomado cientista da computação e futurista Ray Kurzweil fez algumas previsões ousadas sobre o futuro da humanidade, incluindo a capacidade de alcançar os passos para a imortalidade a partir de 2030 e atingir a singularidade da inteligência artificial (IA) em 2045. Embora algumas pessoas possam descartar essas afirmações, é importante observar que Kurzweil tem um histórico surpreendentemente em antecipar avanços tecnológicos.
(Fonte: GettyImages/Reprodução)
Em 1990, o cientista já havia previsto que um computador venceria campeões mundiais de xadrez humanos até o ano 2000. Ele também antecipou o surgimento de computadores portáteis, smartphones e a explosão da internet.
Notavelmente, ele revisou suas previsões em 2010 e descobriu que 115 das 147 feitas desde 1990 estavam totalmente corretas, com outras 12 sendo essencialmente certas e apenas três totalmente erradas. Embora ele tenha cometido erros, como superestimar a chegada dos carros autônomos em 2009, sua precisão ainda é notável.
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As previsões mais ambiciosas de Kurzweil dizem respeito à imortalidade e à singularidade da IA. De acordo com seus cálculos, até 2030, avançaremos a expectativa de vida humana em mais de um ano a cada ano.
Esse feito extraordinário envolveria o uso de nanorrobôs na corrente sanguínea, reparando nossos corpos e conectando nossos cérebros à nuvem. Com essa conexão, poderíamos potencialmente enviar vídeos ou e-mails diretamente de nossas mentes e até mesmo fazer backup de nossas memórias.
Já o ponto da singularidade estaria marcado para 2045. O cientista da computação acredita que a IA será capaz em um teste de Turing válido até 2029, alcançando níveis de inteligência humana. Posteriormente, nós seríamos fundidos com a tecnologia, multiplicando nossa inteligência efetiva em bilhões. Embora essas previsões possam parecer fantásticas, o futurista segue inabalável em suas afirmações.
Além disso, a visão de Kurzweil para a singularidade não é de desgraça, mas sim uma oportunidade para a humanidade se tornar divina. Ele prevê que seremos mais engraçados, sedutores e melhores em expressar o amor, tudo em um futuro no qual nosso neocórtex estará conectado à nuvem, permitindo-nos acessar vasto poder computacional à vontade.
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Embora as afirmações de Kurzweil sejam intrigantes, existem desafios significativos a serem superados. A ideia de nanorrobôs em nossa corrente sanguínea é fascinante, mas atualmente está longe de ser realizada, apesar de algum progresso no uso da nanorrobótica para a entrega de medicamentos em tumores cerebrais. As interfaces cérebro-computador avançaram, mas o salto necessário para o grande futuro imaginado pelo cientista continua sendo um obstáculo substancial.
As interações entre humanos e IA continuam a seguir predominantemente métodos tradicionais, e ainda não testemunhamos a implementação em larga escala da singularidade. É incerto se essas ideias se concretizarão, mas, se a história servir de indicação, elas não devem ser descartadas sem consideração.
As previsões de Ray Kurzweil sobre a imortalidade e a singularidade da inteligência artificial são bem ousadas, mas seu histórico de acertos sobre os avanços da tecnologia exige consideração. Embora os cronogramas que ele estabeleceu para alcançar esses marcos possam parecer ambiciosos, não estão completamente além do reino da possibilidade. Somente o tempo dirá se a visão dele para o futuro se concretizará, mas, se ela se confirmar, a humanidade pode realmente estar à beira de transformações profundas.
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