O jornalista Jairo Carioca lançou, na última quarta-feira, 10, o livro “Vovô Irineu – todos vão se recordar e começar do abc”. O evento foi realizado no Museu dos Autonomistas, em Rio Branco, e contou com o apoio do governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour.
Participaram do lançamento jornalistas, escritores, membros da denominação religiosa e familiares de Irineu Serra. O livro conta a história da vida e religião fundada por Irineu Serra. Natural do Maranhão, Irineu veio para o Acre, onde conheceu e se aprofundou no uso do Daime, fundando uma comunidade e religião que hoje é conhecida em diversos países.
“Nasci ouvindo falar sobre o Mestre Irineu, então vem de berço a vontade de escrever sobre esse ser histórico que sai em 1912 de sua terra natal, chega a Rio Branco, vai para Xapuri, Brasileia e segue para as matas peruanas, onde passa 18 anos nessa convivência com os indígenas, conhece a ayahuasca em 1930, retorna a Rio Branco e passa fundamentar a doutrina do Daime”, contou Jairo.
O jornalista explica que o nome “Vovô Irineu” é como os seus irmãos mais velhos, que conheceram o Mestre Irineu, o chamam até hoje, por ter uma relação tão próxima. Para ele, Mestre Irineu foi muito mais do que isso.
“Ele foi pai, conselheiro, juiz de paz e representa muito para a comunidade daimista. Hoje é um dia muito especial, é a realização de um sonho meu e quero que essa história seja repassada para outras gerações. O próprio Estado do Acre precisa conhecer melhor essa história”, ressalta Jairo.
A obra aborda o hinário de Irineu Serra, as sessões com Daime e os ensinamentos, assim como as pesquisas acadêmicas que buscam conhecer melhor a bebida.
“O Jairo escreve o livro sobre um personagem a quem, inclusive quando fui deputado, dei o título de Cidadão Acreano em memória, porque ele foi o fundador de uma religião que nasceu no Acre. O Alto Santo nasceu com o Mestre Irineu no Acre e tem raízes indígenas, há comprovações arqueológicas de que o incas já utilizava a ayahuasca, então trata-se de uma cultura milenar que o Jairo traz, para o deleite dos acreanos”, destacou o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapac), Moisés Diniz.
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