Especialistas ouvidos nesta quinta-feira (14) pela comissão externa da Câmara dos Deputados que discute o envelhecimento saudável disseram que a aprendizagem ao longo da vida é uma das ferramentas para promover saúde aos idosos e integrar gerações. Os participantes da audiência pública disseram também que a população mais velha está empenhada em cuidar de si própria e que esse movimento inclui engajar-se em cursos e oficinas.
Os trabalhos da comissão externa são guiados pela indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que, até 2030, estamos na Década do Envelhecimento Saudável.
A presidente da Associação Nacional de Gerontologia – seção Santa Catarina, Simone Machado, reforçou a necessidade de integrar áreas como saúde e assistência social na busca pela promoção do chamado envelhecimento ativo. Ela lembrou a importância de se considerar os diferentes perfis de idosos que existem no País.
“Deve-se ter um olhar para uma pessoa que envelhece em uma estrutura sociofamiliar que comporta plano de saúde, acesso a alimentação adequada e moradia digna e outro para a parcela expressiva da população que fica à mercê de seus familiares, precisando de cuidados para sua autonomia mínima, totalmente dependente para fazer suas necessidades básicas diárias”, comentou.
Relatora da comissão externa, a deputada Angela Amin (PP-SC) apontou “a necessidade de haver uma interlocução entre academia, poder público e sociedade civil” como um dos pilares para a promoção da qualidade de vida da população idosa. “Todos trabalhado de maneira harmônica.”
Universidade Criativa Idade
O debate de hoje trouxe uma experiência de aprendizagem ao longo da vida desenvolvida no município de Itajaí, no litoral catarinense. É a Universidade da Criativa Idade, que promove cursos de extensão em áreas como turismo, psicanálise e novas tecnologias.
A coordenadora do programa, Ana Paula Sohn, salientou que ampliar o conhecimento dos idosos melhora a autoestima deles, combate o preconceito e colabora para o intercâmbio entre as diversas faixas etárias.
“Nosso primeiro curso on-line foi ofertado em setembro de 2020, e tínhamos 32 alunos matriculados, entre 25 e 78 anos. No curso deste ano, foram 37 matriculados, entre 17 e 85 anos”, informou. “Ou seja, nós integramos gerações porque as pessoas se unem não por causa da idade; as pessoas se unem porque têm interesses em comum. No nosso caso, o interesse é na aprendizagem”, acrescentou.
Segundo Ana Paula, a demanda pela aprendizagem ao longo da vida deve aumentar cada vez mais, já que as previsões são de que, em 2035, a população brasileira com mais de 75 anos seja equivalente à parcela que terá até 14 anos.
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