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União reconhece emergência nas 22 cidades do Acre devido à seca extrema

Governador Gladson Cameli informou que havia pedido ajuda da União no último dia 11. Decreto de reconhecimento foi publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira (16).

18/10/2023 às 05h26
Por: Informativo Plácido Fonte: G1/Ac
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Seca extrema: Rio Acre permanece abaixo de 1,50 metro na capital — Foto: Tácita Muniz/g1
Seca extrema: Rio Acre permanece abaixo de 1,50 metro na capital — Foto: Tácita Muniz/g1

Após o pedido de ajuda ao governo federal, o secretário nacional de proteção e Defesa Civil, Wolnei Barreiros , reconheceu a situação de emergência nos 22 municípios do Acre devido à seca extrema. A portaria nº 3.173 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa segunda-feira (16). Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, no último dia 11, o governador Gladson Cameli expressou a necessidade de ampliar os serviços de assistência destinados às famílias impactadas por esse cenário.

O alerta foi cinco dias após ele decretar situação de emergência alegando “extrema seca”.

“Meus amigos, estamos atravessando um dos mais graves períodos de seca dos últimos anos, além de alertar e dar os primeiros socorros para nossa população, nosso governo decretou situação de emergência por causa da estiagem. Com isso, estamos pedindo reforços do governo federal para aumentar a quantidade de caminhões-pipa, cestas básicas e água mineral para amparar as famílias que sofrem com a seca em todo o estado”, afirmou Cameli.

O rio atingiu a marca de 1,50 metro nesta terça-feira (17).

Decreto de emergência

O decreto 11.338, publicado no dia 6 de outubro no Diário Oficial do Estado, estabeleceu situação de emergência no estado do Acre justificada pelo "cenário de extrema seca vivenciado e da iminente possibilidade de desastre decorrente da incidência de desabastecimento do sistema de água no estado do Acre.”

O documento, assinado pelo governo do estado, alega que o volume de chuvas no primeiro semestre do ano foi inferior à média.

"O período compreendido entre os meses de maio a novembro normalmente apresenta características de baixos índices de precipitação, temperaturas elevadas, baixo percentual de umidade relativa do ar e ventos fortes. A diminuição abrupta das precipitações acarreta considerável redução no nível dos Rios Acre, Purus, Juruá, Tarauacá, Envira, Iaco e Moa, atingindo substancialmente o abastecimento hídrico da população, agricultura e pecuária dos municípios localizados em suas respectivas bacias”, pontua.

Caminhonete atravessa Rio Tarauacá, em Jordão — Foto: Kézio Araújo/Arquivo pessoalCaminhonete atravessa Rio Tarauacá, em Jordão — Foto: Kézio Araújo/Arquivo pessoal

O decreto, que tem 90 dias de vigência, não fala em dados ou números relacionados às medidas, mas ressalta ainda que há risco de aldeias indígenas ficarem isoladas devido à falta de navegabilidade dos rios, ocasionando diversos problemas de abastecimento de alimentos e outros insumos a essas comunidades.

O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, destacou que carros-pipas estão sendo usados para abastecer cidades do interior, como Porto Acre, Cruzeiro do Sul, Tarauacá Xapuri, Epitaciolândia.

Batista destacou ainda que a estiagem atinge não só comunidades ribeirinhas, mas está diretamente ligada ao aumento de doenças, incêndios florestais e outras mazelas. Em setembro, o governo decretou emergência na Saúde por conta em decorrência da superlotação das unidades estaduais de saúde, causada pela situação da má qualidade do ar.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Acre já registrou, de janeiro a 5 de outubro, 5.164 focos de queimadas — Foto: Neto Lucena/SecomDados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Acre já registrou, de janeiro a 5 de outubro, 5.164 focos de queimadas — Foto: Neto Lucena/Secom

Para 2023, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do governo dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), estima que o El Niño tenha uma das ocorrências mais intensas dos últimos 70 anos.

O decreto de emergência destaca que se trata de uma medida de prevenção e preparação para hipótese de ocorrência de desastres na modalidade de incêndio e estiagem severa.

Queimadas

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Acre já registrou, de janeiro a 17 de outubro, 5.870 focos de queimadas. Somente nos 17 dias de outubro, foram 1.147 focos. Em julho, antes mesmo desse cenário piorar, o governo do Acre declarou situação de emergência ambiental em dez cidades do estado. Conforme o decreto, a emergência declarada é válida entre os meses de julho a dezembro de 2023.

Menores cotas do Rio Acre já registradas são:

 

 

 

 

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